Envelhecimento não é sinônimo de doenças e uma vida sem prazeres. Confira dicas de especialistas que vão mudar a sua percepção sobre a terceira idade.
Amanda Santos | 12 de Novembro de 2019 às 08:00
Se você pensa que envelhecer tem a ver com dor ou saúde precária, você está vivendo no passado. Segundo pesquisas, há várias conexões entre a percepção do envelhecimento, a saúde e o bem-estar. Pessoas que percebem o envelhecimento de modo negativo vivem, em média, 7,5 anos a menos que as demais.
Também foi descoberto que as pessoas que viam envelhecimento de forma positiva eram mais propensas a permanecer fisicamente ativas. Já as que pensavam de forma negativa eram mais propensas a permanecer ao sedentarismo e predispostas a envelhecer “mal”.
Então, caso você seja uma dessas pessoas que não sabem como lidar com a velhice, é hora de começar a seguir algumas das nossas dicas.
As concepções sobre o envelhecimento afetam a memória e a vontade de viver. Além disso, o corpo reage mal ao estresse, o que pode até causar algumas pequenas acelerações cardíacas.
Tudo isso pode afetar o modo como você vive. Se você pensa que envelhecer significa enfermidade, sua saúde ou memória podem se deteriorar por causa dessa crença. Dessa forma, ela acaba sendo reforçada e gerando problemas ainda maiores.
Nunca é tarde para inserir novos hábitos na rotina e ter uma vida melhor e mais feliz. Inclusive na terceira idade. Você pode começar a fazer algo novo pela sua autoestima e saúde mental hoje mesmo e sem gastar um centavo. Para provar que é possível, selecionamos quatro dicas de especialistas que provam que mudar a sua visão sobre o ato de envelhecer pode mudar a sua vida. Confira:
Um estudo realizado com 47 pessoas com idade média de 70 anos descobriu um dado interessante. As pessoas que eram expostas a mensagens negativas sobre o envelhecimento e depois saíam para caminhar, andavam na mesma velocidade de antes de receberem as mensagens.
Já as que eram expostas a mensagens positivas caminhavam 9% mais rápido. Pode parecer uma mudança pequena, mas outras pesquisas revelaram que a velocidade da caminhada é uma boa forma de medir o bem-estar e a função física.
Estudos também relacionam a velocidade ao risco de admissão em uma clínica de repouso e de morte. Geralmente, a velocidade da caminhada cai 9% a 30% à medida que se envelhece. Assim, qualquer melhora é boa.
Atualmente, grandes autores, maestros, atores, comentaristas e professores têm mais de 70 anos. Há várias pessoas que podem inspirar e servir de modelo de vida. Principalmente para aquelas que estão envelhecendo mas ainda estão à procura de um caminho ativo. Pessoas assim vão te mostrar que não é preciso temer a velhice.
Em vez de atribuir o esquecimento a um “lapso de memória”, dê o nome certo: bloqueio mental. Trata-se de um sinal de que você está sob muito estresse, uma indicação de que não prestou a devida atenção aos primeiros sinais. Quando você tinha 20 anos e esquecia o nome de alguém, não dizia que era um lapso de memória, não é?
O mesmo também vale para outras doenças. Um estudo com pessoas na faixa dos 60 anos descobriu que culpava a velhice pela dificuldade em completar tarefas, tais como caminhar distâncias moderadas, eram muito mais propensas a ter artrite, doenças cardíacas e perda de audição do que as que atribuíam a outras razões.
Se possível, desligue por completo. Quanto mais as pessoas idosas assistem à TV, pior se torna a percepção delas sobre o envelhecimento.
Pesquisas realizadas com pessoas entre 60 e 90 anos que assistiam cerca de 21 horas de TV por semana mostraram que os idosos eram, em geral, motivo de piadas ou eram deixados de lado. No total, menos de 2% dos personagens do horário nobre da TV tinham 65 anos ou mais. Por isso, volte ao item 2 e foque em pessoas boas representações de idosos.
Em conclusão, suas atitudes têm o poder de programar o corpo para atuar como você pensa que deve atuar. Portanto, não desanime ou se deixe levar pelas limitações. Envelheça com saúde e feliz!