Conheça a diversidade dos animais que vivem no Pantanal, suas características, hábitos e como preservá-los nesse período de queimadas.
Thaís Garcez | 25 de Setembro de 2020 às 11:30
Localizado na região de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, o Pantanal é o menor bioma brasileiro. Entretanto, é onde encontra-se a maior diversidade de animais. Atualmente, porém, os animais que vivem no Pantanal têm sofrido bastante.
Desde o início do período de seca (maio) até agora, os focos de incêndio têm aumentado muito. Dados divulgados recentemente pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostram que foram identificados 6.048 pontos de queimadas do início do mês até o dia 23 de setembro.
O número de focos de queimadas registrados até o momento já é histórico; com base nos dados recolhidos pelo Inpe desde 1998. Além disso, houve um aumento de 109% em comparação com o mesmo mês em 2019. Sem dúvidas, um cenário triste para a nossa flora e fauna pantaneira.
Mesmo com suas planícies inundadas – característica principal desse bioma -, o Pantanal integra outros tipos de vegetação; como Caatinga, Cerrado e Floresta Amazônica. Por isso a propagação do fogo se torna tão fácil.
Dados e imagens comprovam a dimensão da tragédia no Pantanal brasileiro. Mas a boa notícia é que você pode ajudar a diminuir o sofrimento dos animais e moradores da região. Além disso, pode também contribuir para manter o trabalho dos brigadistas voluntários.
Conheça algumas instituições que fazem essa ponte entre você e aqueles que precisam:
São inúmeros animais que não conseguiram fugir das chamas. Mas muitos outros estão precisando de cuidados, pois sofreram queimaduras ou perderam suas casas. Por isso, toda ajuda é bem-vinda.
Conheça a seguir alguns dos animais que têm o Pantanal como casa e fazem parte desse bioma tão diverso.
Por Thaís Garcez
Tem entre dois e três metros de comprimento. Sua cor pode variar, sendo o dorso escuro e na cauda, faixas transversais amarelas.
Peixe carnívoro que se alimenta de outros peixes ou outros animais que entrem na água. Pode medir até 50 cm.
É a ave símbolo do Pantanal. Vive nas margens dos rios ou nas árvores e pode chegar a 8 kg.
A maior espécie de tucano do Brasil é encontrada no Pantanal. Ele pode ter até 66 cm de comprimento com o bico, sendo 19 cm só de bico.
Símbolo da nova nota de R$200, o lobo-guará tem o Pantanal como habitat natural. Vive nas áreas de cerrado e se alimenta de pequenos mamíferos roedores e frutos.
Pertencente às espécie de serpentes não peçonhentas, a jiboia não apresenta tanto perigo quanto parece. É um animal noturno, de hábitos terrestres e pode chegar a até 4 m.
O maior felino das Américas! A onça-pintada pode ter até 1,85 m e pesar 158 kg. Entretanto, apesar do peso, são ótimas nadadoras. Os machos são maiores do que as fêmeas.
Também conhecido como iguana-verde, o camaleão pode ser encontrado na caatinga e também na Amazônia. Vive em cima das árvores, perto dos rios, e tem hábitos diurnos.
Entre todas as espécies de tamanduá, essa é a maior existente. Pode medir mais de 1 m, e pesar até 45 kg. Tem um olfato 40 vezes melhor do que o do homem. Atualmente está correndo o risco de extinção.
Com uma tonalidade de azul exuberante, é sem dúvida uma ave que representa o nosso Pantanal. Passa boa parte da vida em casal e faz ninhos em árvores ou paredões rochosos. Com as atuais queimadas, seu santuário foi praticamente destruído (a Fazenda São Francisco de Perigara), colocando-a em risco de extinção.
Vive na beira dos rios e é o maior mamífero terrestre neotropical. Pode medir 200 e 220 cm e pesar até 300 kg. Possui pernas curtas e uma tromba flexível. Se for preciso se proteger, ela consegue ficar submersa por alguns minutos.
Comumente encontrado em bandos, o macaco-prego é um animal diurno e facilmente visto nas árvores. Comem frutos e insetos e são bastante habilidosos.
Esse animalzinho curioso é da família das lontras, sendo a maior espécie delas; podendo medir até 1,7 m. Vivem em grupo e seus filhotes permanecem juntos até a fase adulta. Mas, cuidado! Elas são carnívoras!
Essa é uma das várias espécies de tatu encontradas no Pantanal. O tatu-peba tem hábitos noturnos, vive sozinho e costuma se alimentar de insetos, carcaças de outros animais mortos, frutos e pequenos mamíferos.
Encontrada em todos os biomas brasileiros, a capivara é o maior roedor do mundo. É um animal com hábitos aquáticos e pode ficar até 5 minutos sem respirar debaixo d'água. Além disso, as capivaras andam em bando e se alimentam de folhas e frutos.
Diferentemente da jiboia, a sucuri vive melhor na água do que na terra. Pode ser encontrada perto de córregos, rios e lagos, principalmente à noite. As sucuris não são venenosas, mas possuem uma mordida muito forte e podem matar por sufocamento; por ter uma musculatura bem forte.