Todo mundo já teve ou terá alguma dificuldade na relação sexual. Mas isso não precisa ser um tabu. Veja como superar esses problemas e ter uma vida melhor.
Se você e o seu parceiro discutiram sobre as dificuldades na relação sexual e a situação não melhorou, os dois devem procurar ajuda.
Muitos casais se sentem constrangidos, mas tente relaxar – a maioria dos problemas é mais comum do que você imagina.
Os profissionais especializados que trabalham nesse campo já ouviram outros casos parecidos e podem ajudá-lo a ter maior controle sobre a vida sexual.
A primeira coisa a levar em consideração é que nem todos os problemas sexuais têm raízes em um relacionamento – alguns têm causas fisiológicas diretas.
De tempos em tempos, os medicamentos, como alguns antidepressivos, podem causar problemas sexuais.
Se esse for o seu caso, procure seu médico para analisar as vantagens e as desvantagens de trocar a medicação. Esse profissional também poderá encaminhá-lo a um psicólogo, se julgar apropriado.
Principais problemas sexuais dos homens
Os problemas sexuais são os distúrbios que os homens têm mais dificuldade para discutir com o médico. Mas eles são bastante comuns, e é importante procurar um profissional da saúde para fazer um tratamento adequado.
Ejaculação precoce
A maioria dos homens tem ejaculação precoce – não raro antes do contato sexual – em algum momento de suas vidas. Isso só deve se tornar um problema se perturbar o casal. Pode ser causado por motivos psicológicos ou sociais, como o sentimento de culpa, ansiedade em relação ao desempenho e medo de falhar, inexperiência sexual ou dificuldades de relacionamento.
Não existem medicamentos aprovados para controle da ejaculação precoce, mas há dois tipos principais de tratamento:
- “Stop-start” (parar-começar): masturbe-se até estar prestes a ejacular, pare por 60 segundos e recomece, repetindo quatro ou cinco vezes antes da ejaculação.
- Compressão: a técnica consiste em comprimir o pênis, no limite entre a glande e o corpo do pênis, logo antes da ejaculação. Quando cessar a vontade de ejacular, a estimulação é retomada. O sucesso dessas técnicas exige compromisso e paciência.
Impotência (disfunção erétil)
Todos os homens têm problemas de ereção esporádicos, e pelo menos um em cada dez tem disfunção erétil ou impotência. A maioria tem dificuldade ocasional para manter a ereção – sobretudo quando estão estressados, cansados ou embriagados –, mas não há motivo para se preocupar.
Se, porém, você nunca tem ereção – nem mesmo quando acorda de manhã –, o problema pode ser físico; caso não haja problemas quando está sozinho, é mais provável que a causa seja psicológica.
Os distúrbios físicos que causam dificuldade de ereção incluem:
- Ddesequilíbrios hormonais
- Diabetes mellitus
- Doença cardíaca
- Tabagismo
Nos últimos dez anos, o tratamento da disfunção erétil melhorou bastante; portanto, se você tem alguma dificuldade, há boas chances de que ela seja resolvida. Existem diferentes medicamentos aprovados para tratamento da disfunção erétil, sendo o Viagra o mais conhecido. Os outros são o Uprima e o Cialis.
Homens com distúrbios preexistentes, como angina ou problemas de pressão arterial, não devem usar esses medicamentos. O médico discutirá com você o tratamento apropriado.
Em alguns casos, a injeção direta de um medicamento no corpo do pênis é mais adequada. A substância relaxa os vasos sanguíneos ao redor do pênis e aumenta o fluxo de sangue. O tratamento transuretral – no qual uma pequena esfera é introduzida na uretra – permite administrar o medicamento diretamente ao tecido erétil através da parede uretral.
Outro método para auxiliar a ereção é um aparelho de constrição a vácuo. O pênis é inserido em um cilindro de plástico e uma bomba, ativada manualmente ou por bateria, retira o ar do cilindro. Quando a ereção é suficiente, coloca-se um anel constritor na base do pênis para mantê-la, o vácuo é liberado e o cilindro é retirado.
Dificuldades das mulheres na relação sexual
Assim como os homens, as mulheres podem ter vários problemas sexuais. Embora não precisem exibir um “desempenho” e, portanto, às vezes não haja sinal externo de problema, muitas sentem que não têm o sexo de que gostariam ou que tiveram antes.
Ausência de desejo sexual
O problema de cerca de 80% das mulheres que buscam ajuda por problemas sexuais é a falta de desejo. O significado pode variar: podem ter perdido o interesse sexual, mas respondem à aproximação dos parceiros, ou podem não desejar mais ter relações sexuais e considerar a ideia abominável.
O tratamento da perda da libido pode ser complexo e incluir uma análise profunda do seu passado e dos relacionamentos. Lembre-se de uma época em que você tinha desejo sexual. Como você se sentia e de que gostava? Muitas vezes, lembrar-se de quando e como a libido desapareceu pode dar uma pista sobre as causas.
Mas o transtorno de desejo sexual inibido pode ter causas físicas, não apenas psicológicas. O especialista deve avaliar se há alterações hormonais e distúrbios da tireoide.
Incapacidade de alcançar o orgasmo
Muitas mulheres têm dificuldade ou não conseguem chegar ao orgasmo em nenhuma circunstância; outras têm dificuldade com um parceiro, mas alcançam o orgasmo quando se masturbam.
A falta de orgasmo só é um problema se a mulher e o parceiro pensarem assim. Muitas mulheres nem sempre têm orgasmo, mas ficam felizes com a intimidade física e emocional. É comum a satisfação sexual ser resultado da intimidade emocional crescente.
A incapacidade de alcançar o orgasmo pode ter causas fisiológicas, como desequilíbrio hormonal ou fluxo sanguíneo inadequado na área genital. Mas também pode haver outros fatores – insatisfação com o relacionamento; relaxamento inadequado; preliminares insuficientes.
Também parece necessário assegurar às mulheres que a maioria não tem orgasmo só com a penetração do pênis. Em geral, é preciso estimular o clitóris, o que é perfeitamente normal.
Dor durante a relação sexual
Outro problema que as mulheres experimentam é a dor durante a
relação sexual, que inclui queimação, dor aguda ou difusa e pode ocorrer durante ou depois do ato sexual. Essa dor é classificada em dois tipos:
- Profunda: ocorre com a penetração e o movimento do pênis, e pode ser causada por endometriose ou doença inflamatória pélvica.
- Superficial: ocorre apenas no momento da penetração e pode ser causada por monilíase, alergia ao preservativo, falta de lubrificação ou vestibulite, um distúrbio inflamatório agudo.
Já o vaginismo é o espasmo involuntário do assoalho pélvico, desencadeado pela penetração. Às vezes a penetração é impossível. Acredita-se que seja uma resposta psicológica a experiências sexuais traumáticas passadas, como estupro ou abuso sexual. A repercussão desse problema pode ser a associação do sexo à dor, o que leva a um círculo vicioso no qual o sexo é evitado.
Qualquer problema sexual deve ser discutido com o médico. Em quase todos os casos, o tratamento medicamentoso ou psicossexual é apropriado.
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