No Japão, o chá é muito mais do que apenas uma bebida agradável: é uma bebida sagrada. Por isso, servi-lo e bebê-lo é um exercício cultural elaborado. As
Thaís Garcez | 12 de Maio de 2020 às 21:00
No Japão, o chá é muito mais do que apenas uma bebida agradável: é uma bebida sagrada. Por isso, servi-lo e bebê-lo é um exercício cultural elaborado. As cerimônias do chá são tão complexas que muitos japoneses nem sempre entendem seu significado.
O chá foi introduzido no Japão no século XII, juntamente com o zen-budismo. Os monges costumavam bebê-lo para se manterem acordados durante longos períodos de meditação. A prática de beber chá difundiu-se depois entre as classes elevadas.
A bebida era servida numa casa especialmente construída, com cerca de 3m². Eram feitos complicados rituais para induzir uma sensação de paz e tranquilidade nos convidados, cuidadosamente escolhidos.
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Hoje, o chá já não é bebido apenas pelas classes superiores. A tradição se mantém, no entanto, no coração da sociedade japonesa, e os mestres de chá profissionais que dirigem a cerimônia são muito respeitados.
Dá-se grande atenção a todos os aspectos do ritual de quatro horas – o ambiente, a decoração, os utensílios, os alimentos, a escolha do chá e até a conversa que o acompanha seguem preceitos rígidos.
A importância do chá é tão grande que muitas jovens japonesas não se acham aptas a casar antes de reconhecer todas as complexidades da cerimônia.