A criatividade humana e uma grande ideia

Nunca devemos subestimar a criatividade do ser humano, pois uma observação, que parece aleatória, pode levar o homem a grandes descobertas.

Redação | 17 de Dezembro de 2018 às 09:00

Natali_Mis/iStock -

O mundo está cheio de boas ideias. Há pessoas pensando em tudo o que há para se pensar em todas as esferas do conhecimento humano. Algumas ideias são louváveis e outras nem tanto; mas todas têm em comum o fato de serem produto de uma das mais intrigantes capacidades humanas: a criatividade.

O que as moscas têm a nos dizer

Michael Dickson, por exemplo, é professor de biologia da Universidade de Washington e diz que “as moscas são excelentes no que fazem”. Ele desenvolveu um experimento em que elas eram submetidas a golpes vindos de diferentes ângulos em um ambiente fechado. Assim, Dickson pôde observar como essas moscas conseguiam reagir de maneira tão rápida aos ataques. Ele percebeu que elas ajustavam sua postura corporal de acordo com a origem dos golpes. As moscas transformavam seus corpos em um objeto aerodinâmico que lhes facilitava a fuga. Essa observação de um simples movimento natural desses insetos atraiu o interesse das Forças Armadas americanas. As Forças investiram no projeto para que fosse aplicado na construção de aviões robôs com melhor tempo de reação.


“Se os farmacologistas conseguirem influenciar a formação de laços microscópicos no DNA e nos vírus, pode haver um grande avanço no combate ao câncer e às infecções.”


A criatividade e o DNA 

Entre outras ideias intrigantes, Robert Matthews, da Universidade de Aston na Inglaterra, percebeu que cabos emaranhados, como muitas vezes acontece com o fone de ouvido, podem revelar bem mais que uma simples maneira de causar transtornos. Ele observou que, assim como esse fone, o DNA das células do nosso corpo também é uma fita genética que se alonga por cerca de 1,80 metro dentro de cada núcleo. Quando suas pontas estão separadas, há uma probabilidade dez vezes maior de que essa fita se embole em um nó. Quando as extremidades estão unidas por um laço, seu comprimento diminui, levando consigo o risco de se emaranhar. “Se os farmacologistas conseguirem influenciar a formação de laços microscópicos no DNA e nos vírus, pode haver um grande avanço no combate ao câncer e às infecções”, afirma.

Esses fatos demonstram que por mais simples, ou mesmo pueris, que sejam algumas observações, se tomadas em um contexto certo, podem ser a motivação de grandes inovações.

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