O que acontece quando se treina uma máquina para assumir o trabalho humano? Ela faz bobagem – igualzinho a nós! Confira histórias engraçadas!
Julia Monsores | 3 de Junho de 2021 às 11:00
Os robôs estão mesmo tomando conta do mundo. Estão escrevendo romances; o primeiro foi 1 the Road,
homenagem de um ciborgue a Jack Kerouac, publicado em 2018. E estão fazendo lanches: a cadeia de lanchonetes CaliBurger, da Califórnia, está experimentando um robô capaz de preparar 2 mil hambúrgueres por dia.
Que ser humano conseguiria competir? Ainda mais porque androides não reclamam, não pedem aumento nem ficam bêbados na festa de Natal da empresa.
Para comemorar o centésimo aniversário da criação da palavra robô pelo dramaturgo tcheco Karel Capek, achamos que seria divertido dar uma olhada no outro lado da população robótica, o lado que é demasiado humano. Eis uma lista nada completa das tentativas fracassadas dos autômatos de substituir os tipos de carne e osso.
Veja agora seis histórias engraçadas e dê boas risadas!
Janelle Shane, cientista pesquisadora de óptica, quis descobrir se a inteligência artificial conseguiria criar um cardápio sem um sabor, digamos, artificial. Ela inseriu no computador 30mil receitas de livros de culinária e o programou para criar receitas próprias. Resultado: algo chamado “Torta de atum Beothurtreed”. Quer fazer?
Você precisará desses ingredientes:
Quando tiver a maionese de maçã e os grumos, “cerque com 1½ dúzia de água pesada no alto, escorra e pique
em ½ cm deixando na frigideira”.
Outra especialidade era “Cobertura de torta Wol de manteiga e camarão”, com “1 lata de fruta pálida frita para
cobrir o ralo”. Não tem fruta pálida frita? Talvez tenha arroz, embora provavelmente você nunca tenha usado “1
xícara de arroz branco ralado”, ingrediente de outra receita. Ao que parece, Dona Benta pode dormir tranquila.
Alguns anos atrás, o Henn na Hotel, em Nagasaki, no Japão, contratou 243 robôs para ocupar vários cargos, de recepcionista a carregador. Infelizmente, os robôs da recepção tiveram dificuldade de responder às perguntas dos hóspedes e tirar cópia dos passaportes, e os carregadores esbarravam nas paredes e tropeçavam no meio-fio. Um assistente de quarto era ligado toda vez que o hóspede roncava e dizia: “Desculpe, não entendi. Pode repetir, por favor?”
Pouco tempo depois do início da experiência, o hotel “demitiu” metade dos robôs que não funcionaram. Eles não ganharam nem gorjeta.
Em 2017, o Los Angeles Times publicou uma reportagem sobre o terremoto de 6,8 pontos na escala Richter que sacudiu Santa Barbara, na Califórnia. Seria de esperar que um terremoto tão grande recebesse muita cobertura da imprensa. E recebeu… em 1925, quando de fato ocorreu.
Acontece que a reportagem foi produzida por um programa de computador chamado Quakebot, que gera textos com base em notícias do Serviço Geológico dos Estados Unidos. Quando um funcionário do órgão se enganou ao atualizar os dados históricos, o Quakebot pulou em cima como se fosse um furo de reportagem.
E os californianos tremeram nas bases com um terremoto inexistente.
O software de reconhecimento facial tem um problema: nem sempre reconhece rostos. A União Americana de
Liberdade Civil provou essa questão quando usou o software Amazon Rekognition para fazer fotos de criminosos presos corresponderem a 28 congressistas. E aquele reconhecimento de bolas de futebol?
No ano passado, o time escocês Inverness Caledonian Thistle lançou câmeras de vídeo programadas com inteligência artificial para seguir a bola automaticamente durante o jogo. Mas o tempo todo as câmeras confundiram a bola com a careca do juiz. Um espectador prestativo ligou para o clube e sugeriu que oferecessem uma peruca ao árbitro.
Qual é a pior coisa que um aspirador de pó robótico pode fazer? Vamos deixar que Jesse Newton lhe conte. Pobre Jesse. Seu cachorrinho ainda filhote evacuou no chão antes de 1h30 da madrugada, quando ele e a mulher dormiam. Como é que ele sabe a hora exata?
“Nosso Roomba se liga automaticamente à 1h30 da madrugada”, observou ele on-line uma semana depois. “E encontrou as fezes.” E assim começou “A Cocástrofe. O Cococalipse. O Cocostival.”
O aspirador de pó passou as fezes do cachorrinho pela casa toda e decorou o assoalho, as pernas dos móveis e os tapetes, “resultando numa casa muito parecida com um quadro de Jackson Pollock pintado com cocô”, conforme Jesse descreveu.
“Sophia” é um robô humanoide sociável desenvolvido pela Hanson Robotics. Ela tem um rosto atraente, de maxilar quadrado, maçãs do rosto altas, sobrancelhas impressionantes. E consegue conversar melhor ou igual ao papo furado da Siri, da Apple.
Sem dúvida, é o robô do futuro. Quando apareceu com Sofia no programa The Pulse do canal de TV americano CNBC, David Hanson, presidente da empresa, fez ao robô as perguntas que os seres humanos se fazem há anos sobre os robôs: “Sophia, você quer destruir os seres humanos?” Sem hesitar, Sophia, com um sorriso meio alegre demais para nosso gosto, respondeu:
“Ok, destruirei seres humanos.”
Humanos, vocês foram avisados
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