Confira mais uma história engraçada da divertida Anne Roumanoff e dê boas risadas. Dessa vez ela nos encanta com uma história sobre os jogos em sua vida.
Redação | 31 de Janeiro de 2019 às 19:00
Com 6 anos, eu jogava ludo com minha mãe e minha irmã depois da escola. Quando perdia, virava o tabuleiro.
Aos 8, adorava as partidas intermináveis de Banco Imobiliário com nossos vizinhos na Normandia… principalmente quando eu ganhava.
Aos 12, descobri minha primeira máquina caça-níquel na barca que atravessava o Canal da Mancha, numa viagem à Inglaterra. Perdi muito, tudo em moedas britânicas de uma libra.
Aos 14, eu jogava fliperama no café ao lado da escola. Perdia sempre, mas lá havia garotos e tomávamos chocolate quente.
Aos 17, ganhei meu primeiro videogame, um tanto pré-histórico. Destruí espaçonaves em preto e branco. Quanto mais a gente avançava pelos níveis, mais atiravam em nós. Isso me distraiu bastante dos estudos para as provas finais do ensino médio. Quando começava a jogar, não conseguia parar.
Desde que me tornei totalmente adulta, quase não jogo mais, a não ser, de vez em quando, uma raspadinha ou bilhete de loteria, que esqueço de validar, e também Tetris, que instalei no celular para me ajudar a passar o tempo em viagens de trem.
Jogar é como beber. Em geral, a gente joga para esquecer por que começou a jogar; joga para se esquecer da vida. A questão é que, nos jogos, as regras são mais simples do que na vida real. Na vida, costumamos perder quando achamos que vamos ganhar; as regras mudam no meio do jogo e nem são explicadas desde o começo. Aí, no fim, por mais que tenhamos ganhado, a gente ainda perde a própria vida. Mas, como dizia minha avó, “A vida é um jogo que vale a pena viver”. Façamos nossas apostas!