Você costuma dar desculpas para faltar compromissos? Confira alguma das mais inusitadas e criativas nessa seleção!
Julia Monsores | 1 de Janeiro de 2021 às 02:42
Pedimos aos leitores da Revista Seleções que nos contassem suas desculpas favoritas para justificar atrasos de compromissos. O resultado? A gente compartilha agora. Confira!
Quando trabalhava na imobiliária, ouvi todo tipo de desculpa para o atraso do aluguel. O marido foi demitido. Os filhos ficaram doentes. Perdi o boleto. Ou, simplesmente, “esqueci”. Mas a desculpa mais criativa foi esta:
“Eu só tinha metade do aluguel. Então fui ao cassino tentar dobrar o dinheiro.”
Meu marido ficou um ano sem ir à academia. Certo dia, convidei-o a ir comigo.
“Não”, respondeu ele. “Preciso perder uns quilinhos antes de voltar.”
Convidei os vizinhos para jantar. Quando já estavam uma hora atrasados,
liguei para eles a fim de perguntar a que hora viriam. A mulher não se abalou. “Ah”, disse ela, “pensei que fosse ontem à noite…”
Um aluno meu alegou que não trouxe o dever de casa porque ele caiu numa pilha de neve e foi coberto pelo trator limpa-neve. É claro que não acreditei. Mas lhe dei um crédito por inventar uma desculpa tão original e permiti que refizesse o trabalho.
Dois meses depois, quando a neve derreteu, ele me trouxe a pasta rasgada contendo a versão original e desbotada do dever.
Anos atrás, eu dirigia uma caminhonete velhíssima e o guarda me
mandou parar por excesso de velocidade.
– Você estava a 90 km numa área de 70 km/h – disse o guarda.
Eu sabia que ele estava errado e retruquei:
– Policial, acho que este lixo aqui nem anda tão depressa assim.
– Sabe, essa é a melhor desculpa que ouço há muito tempo.
Então ele voltou para a viatura e não me multou.
Um de meus funcionários atrasados crônicos apareceu mais tarde do que de costume. Mas dessa vez tinha uma boa desculpa: “O trem que chega aqui dez minutos atrasado atrasou dez minutos.”
Eu estava corrigindo o dever de casa dos meus alunos, quando meu
marido e eu ficamos com fome. Arrumei os trabalhos em pilhas e
saímos para comer. Uma hora depois, ao voltar, descobri que meu cachorro
tinha achado os papéis. No dia seguinte, chamei três alunos até
minha mesa para explicar por que estava dando 10 aos três: “Meu
cachorro comeu o dever de casa de vocês.”
Cheguei uma hora atrasado à consulta na clínica de transtornos do
sono. Minha desculpa: “Dormi demais.”
Certa vez, quando recebeu um convite para alguma coisa que obviamente
não queria fazer, meu pai respondeu: “Não posso. Tenho de trocar o
filtro da caldeira de calefação.”
Agora, sempre que alguém da família não quer fazer alguma coisa, é isso que dizemos uns aos outros.
Trabalhar numa plataforma de petróleo em Dakota do Norte durante o inverno separa o joio do trigo. Certo dia, um de meus funcionários me disse que teria de ir em casa buscar um agasalho mais quente. Ele sumiu
por alguns dias até finalmente me ligar e dizer que estava em casa.
“Casa”, aliás, era o ensolarado Texas, a quase 2 mil quilômetros de distância.
Quando era policial federal, entrevistei um rapaz que queria uma autorização de segurança. Eu sabia que ele fora preso alguns anos antes por ultrapassar o limite de velocidade, mas ele não pôs isso no formulário.
Quando lhe perguntei por quê, ele disse que achava que essa prisão
não contava.
– Por que não contaria? – perguntei.
– Porque eu não tinha carteira de motorista.
Quando nossa nova funcionária não compareceu ao trabalho, liguei
para ela, que explicou que a mãe morrera e que precisava de alguns
dias de luto. “Claro”, respondi.
Uma semana se passou e ela não voltou ao trabalho. Então liguei de novo. Dessa vez ela disse que tinha boas e más notícias.
A boa: a mãe ressuscitara. A má: estava doente de novo e teria de ficar em casa com ela.