Um artigo sobre a dependência da internet que todos nós temos em algum grau. Provavelmente porque a web se tornou quase indispensável Apenas quase.
Seleções | 14 de Julho de 2019 às 12:00
Dependentes da Internet vão saltando de um artigo a outro, enfim, sem muito critério e acabam por se dispersar na infinidade de assuntos, relevantes ou não. Você promete que amanhã vai parar, mas não para. É um assunto sério, mas este artigo é para ser leve e engraçado, sem a menor pretensão de resolver os conflitos que a web nos traz. Então, divirta-se com a francesa Anne Roumanoff.
“Aqui tem Internet?” É a primeira pergunta que faço ao chegar a qualquer lugar nas férias. Eu me sinto moderna e importante; na verdade, estou sendo apenas muito pretensiosa e me declarando incapaz de passar um só dia desconectada. A princípio, tenho um computador para trabalhar, mas faço um monte de coisas totalmente inúteis com ele.
♦ Pesquisar no Google gente que não vejo há 20 anos. Isso traz pequenos prazeres mesquinhos, como me alegrar ao ver que a garota mais bonita do colégio se tornou uma gorducha feiosa.
♦ Espiar anúncios de imóveis sem a mínima intenção de comprar ou alugar, apenas por curiosidade.
♦ Clicar em anúncios oferecendo emagrecimento sem dieta.
♦ Ver páginas do Facebook de pessoas que não conheço e fantasiar sobre suas vidas.
♦ Ler tudo sobre um crime horrível na seção policial do jornal.
♦ Assistir a um vídeo que se tornou viral e ler todos os comentários.
Se meus filhos me perguntam algo quando estou diante da tela, respondo com murmúrios: “Hmm… Agora não, estou trabalhando.”
Outro dia, porém, quando recebi um e-mail perguntando “Mãe, o que tem pra almoçar?”, percebi que tinha de tratar com urgência minha dependência da Internet. Jurei que ficaria uma semana sem o computador. Mas antes pesquisei no Google “viciado em Internet” e obtive 4.590.000 resultados. Vou dar uma olhada rápida neles e de manhã desligo a tomada – prometo!
Outros textos da autora:
A mulher de 40 anos – A verdade nua e crua