Como classificar seus encontros?

As crônicas divertidas de Anne Roumanoff sempre rendem boas risadas. Confira e divirta-se com o humor irônico desta humorista francesa.

Julia Monsores | 26 de Abril de 2022 às 18:00

Andrii Shyp/iStock -

Na internet, vivem nos pedindo notas e resenhas. Somos convidados a dar nosso veredicto sobre hotéis, restaurantes e espetáculos, com estrelas, classificações ou comentários.

Enquanto estamos nisso, também podemos classificar nossas conquistas românticas:

“Tipo experiente que já apareceu por aí algumas vezes. Meio lento para começar, mas bom no controle das curvas. Tende a consumir combustível líquido em excesso, o que causa impacto negativo no desempenho.”

“Recepção adorável e estada deliciosa em ambiente idílico, que terminou abruptamente quando descobri que o proprietário à ocupação múltipla.”

“Estabelecimento de alta classe – supostamente. Mas higiene e limpeza deixam muito a desejar.Evite!”

“Uma viagem agradável estragada pela falta de generosidade, sem um único presente, nem mesmo no primeiro dia. Leve comida ou peça fora; habilidade culinária praticamente zero.”

“Modelo topo de linha, apresentação imaculada, muita sensibilidade artística, mas extremamente tenso e impossível de agradar.”

“Ambiente modesto e sem muito a ver, mas recepção calorosa e bem treinada que logo me fez esquecer a falta de altura e de cabelo. A gente se sente tão bem lá que o único desejo é voltar correndo.”

Mas, no fim das contas, no quesito amor, é melhor começar com abençoada ignorância. Não há necessidade de resenhas de consumidores para você se decidir. Às vezes, é melhor escutar atentamente…o próprio coração.

POR ANNE ROUMANOFF