As aves se desenvolveram a partir dos répteis, e têm um parentesco próximo com os extintos dinossauros. Como você deve saber, a maioria das aves
As aves se desenvolveram a partir dos répteis, e têm um parentesco próximo com os extintos dinossauros.
Como você deve saber, a maioria das aves consegue voar. E sua estrutura física adaptou-se a esse modo de vida: as extremidades dianteiras se transformaram em asas, e os ossos são ocos – só assim os animais são suficientemente leves para se manter no ar.
Separamos 4 curiosidades sobre as aves para quem é apaixonado pelo reino animal e quer se manter informado!
1. Por que os papagaios falam?
Os papagaios não falam, mas imitam o que escutam. Pode ser a fala humana, o despertador, certos pássaros ou até mesmo o telefone.
Na natureza, as aves quase sempre vivem em bandos. Em cativeiro, e sem membros da sua espécie por perto, o instinto social faz com que os papagaios adotem a fala humana com o objetivo de se relacionar com o seu parceiro substituto.
Sem a língua, os papagaios não conseguiriam falar. Na siringe, o órgão responsável pela produção vocal dessas aves, é produzida a corrente de ar necessária para o canto ou a fala. E a língua a transforma nos diferentes sons: pequenas mudanças da posição já bastam para gerar sons bastante variados.
2. Por que os pica-paus não ficam com dor de cabeça enquanto batem no tronco?
Diversas particularidades na estrutura física do pica-pau amenizam o impacto das batidas e protegem o cérebro contra traumatismos enquanto perfuram o tronco.
A calota craniana, por exemplo, é duas vezes mais grossa que em outras aves. Além disso, o cérebro está imerso no dobro de líquido que o comum, tornando-o mais resistente às batidas contra o lado interno do crânio. Mas o que é mais importante para o amortecimento dos impactos é a estrutura do bico: por um lado, ele não fica no meio da calota craniana, como é o caso na maioria das outras aves, mas um pouco abaixo na cabeça.
Isso faz com que a força direta de um impacto não seja transmitida para o cérebro – ela é absorvida pelos ossos do crânio. Além disso, um músculo na metade inferior do bico também absorve as batidas. A combinação desses componentes protege o pica-pau contra lesões do crânio e do cérebro, permitindo-lhe procurar alimentos e locais para fazer seus ninhos.
3. As aves sabem contar?
Não apenas os antropóides sabem contar e até fazer cálculos, mas algumas aves também. A fulica americana, por exemplo, aprendeu a contar seus ovos para se defender do parasitismo de ninhos de fêmeas da mesma espécie que procuram lhes empurrar os próprios ovos. Além disso, elas conseguem reconhecer os ovos estranhos pela aparência, com um índice de acerto muito alto.
Os ovos estranhos são empurrados para a beira do ninho, o que reduz as suas chances de serem chocados com êxito. E então a fêmea continua botando seus ovos até atingir um determinado número – uma média de oito. Desse modo, sua prole não é negligenciada em favor de um filhote parasita.
4. As aves reconhecem seus parentes?
Uma espécie americana de corvo consegue diferenciar quem é e quem não é seu parente. E mais: os da espécie Corvus caurinus são mais simpáticos com seus familiares do que com aves desconhecidas. Não é novidade que estes corvos roubam alimentos uns dos outros.
Quando um captura um alimento bastante cobiçado, em quase metade dos casos os outros membros de sua espécie procuram lhe roubar a iguaria – quase sempre com êxito.
Entre corvos aparentados, entretanto, os ladrões são menos agressivos: neste caso, aproximam-se mais passivamente e apenas mantêm-se próximos ao outro corvo – que, muitas vezes, lhe deixa o alimento por vontade própria. Já quando o ladrão e a vítima não são parentes, os ladrões aproximam-se de maneira agressiva, tocam os outros membros de sua espécie e promovem verdadeiras perseguições.