É preciso falar sobre suicídio. Na luta pela conscientização e prevenção do suicídio, filmes refletem sobre o tema e enriquecem o debate.
Redação | 1 de Setembro de 2022 às 15:05
É preciso falar sobre suicídio. Especialistas apontam que esconder o assunto não contribui para combater o problema. Na luta pela conscientização e prevenção do suicídio, filmes refletem sobre o tema e enriquecem o debate.
Por ano, são registrados cerca de12 mil suicídios no Brasil e mais de um milhão no mundo. Além disso, 17% dos brasileiros já cogitaram, em algum momento, tirar a própria vida. No mês dedicado ao assunto, separamos 15 filmes que abordam o suicídio de forma direta ou indireta. Confira:
O filme retrata os desdobramentos de uma família de classe média americana que perde uma de suas integrantes aos 13 anos, vítima de suicídio. A partir dali, a mãe da casa proíbe as demais filhas de ter qualquer contato social fora de casa.
A película de Sofia Coppola é importante por retratar a ineficácia da medida. Esconder o tema não é uma opção.
Nessa produção de James Mangold protagonizado por Winona Ryder, o filme trata da rotina de pacientes com distúrbios mentais — principal causa dos suicídios — em um hospital psiquiátrico. Lá, Suzanna (a personagem de Winona) conhece diferentes histórias de pessoas com transtornos psíquicos. Entre elas, está Lisa, uma sociopata que organiza uma fuga com Suzanna, Daisy e Polly, outras garotas da clínica.
Nesse longa-metragem produzido por Erik Skjoldbjærg, a depressão é retratada no longa a partir da perspectiva da estudante Elizabeth Wurtze. Aceita para estudar em Havard, ela precisará lidar com a vida acadêmica e conciliar com a doença clínica que a assola.
O filme conta momentos da vida do artista Blake, famoso músico do rock que mora em uma mansão isolada. Tocando música e vivendo praticamente sozinho, Blake se fechou em um mundo solitário. Do aclamado diretor Gus Van Sant, a obra faz alusão ao lendário Kurt Cobain, que tirou a própria vida em 1994, aos 27 anos.
A famosa ponte Golden Gate, em São Francisco (EUA), é um dos destinos mais procurados por turistas, mas também por suicidas. O filme relata, dia após dia, da dura rotina do cartão-postal, com depoimentos de amigos e familiares dos que escolheram tirar a própria vida.
Dirigido por Anton Corbijn, “Controle” mostra a ascensão e queda do vocalista da banda britânica Joy Division, o músico Ian Curtis. Ian sofria com ataques de epilepsia e teve sua vida desintegrada sob as pressões da fama e do amor por sua mulher e filha, além de um caso extraconjugal. O vocalista se enforcou aos 23 anos, em maio de 1980.
Este documentário trata o desenvolvimento do transtorno bipolar no jovem Evan Scot Perry, que se suicidou aos quinze anos. Com vídeos e entrevistas com amigos e médicos, a obra é produzida por sua mãe, Danna Perry e mostra os impactos causados pela morte de Evan.
Baseado na obra de Paulo Coelho, o filme mostra como uma jovem com uma visão fria e vazia da vida. Na casa dos 20 anos de idade, Veronika tenta tirar a própria vida. Entretanto, a personagem principal sobrevive e terá que aprender a conviver com os anos irreversíveis dessa tentativa de suicídio por overdose.
Nessa comédia dramática, o personagem Craig, estressado com as demandas de ser um adolescente e assustado com sua tendência suicida, decide buscar ajuda em uma clínica psiquiátrica. Internado por uma semana, ele logo é acolhido por Bobby e se encanta com Noelle.
“A sala do suicídio” é um dos filmes poloneses que aborda o tema do suicídio a partir da perspectiva de Dominik. O jovem se isola do mundo quando começa a sofrer bullying, vivendo maior parte do tempo imerso na tela de seu computador. O Dominik é perseguido e humilhado nas rede sociais após ser flagrado beijando outro homem.
O documentário brasileiro foi lançado em 2022 e é dirigido por Petra Costa. A obra é baseada a trajetória de Elena Andrade, uma jovem que segue o sonho de se tornar atriz longe do Brasil. É produzido e narrado a partir das perspectivas de sua irmã mais nova, Petra. Aos 20 anos, Elena tirou a própria vida em Nova York.
Charlie é um jovem de 15 anos que se recupera de uma depressão depois de perder seu único amigo, que se suicidou. Seus dois novos amigos contribuem no processo de ressocialização e o ajudam a viver novas experiências. Mas, mesmo conseguindo ser feliz, Charlie não consegue se desvincular das tristezas que viveu no passado.
O drama dirigido por Alexandros Avranas conta a história Angeliki, uma menina decide se matar no dia do seu aniversário de 11 anos de idade, com um sorriso no rosto. A polícia investiga o aparente suicídio, mas a família insiste em dizer que foi um acidente, na tentativa de esconder um segredo.
Vivida pela atriz Jennifer Aniston, a personagem Claire Simmons é uma mulher traumatizada e depressiva, que busca ajuda em um grupo para pessoas com dores crônicas. Lá, ela descobre o suicídio de um dos membros do grupo e fica obcecada pela história desta mulher. Assim, começa a investigar a sua vida.
Mais um dos filmes que abordam suicídio: “Um homem chamado Ove”, dirigido por Hannes Holm, conta a história de um senhor viúvo, aposentado e ranzinza cuja vida é recheada de amargura, monotonia e visitas ao túmulo da esposa. Submerso neste cenário, Ove cogita tirar a própria vida. Porém, com a chegada de novos vizinhos, que se tornaram seus amigos, sua perspectiva de vida pode mudar.
Leia também: Setembro Amarelo: quando a terapia se torna necessária