A sustentabilidade encontrou nas empresas novos modos de encarar a preservação do meio ambiente na produção responsável. Inovação sustentável é o caminho.
Redação | 1 de Junho de 2019 às 20:00
Não é novidade que no mercado brasileiro inúmeras empresas estão pensando em sustentabilidade. A preocupação é tanta que, segundo a pesquisa Emissão de Relatórios de Responsabilidade Corporativa, realizada anualmente pela auditoria KPMG, o Brasil é o país que mais emite relatórios de responsabilidade socioambiental: 80% das empresas.
A tendência também impacta pequenos e microempresários, que veem na produção ecológica um nicho com bastante potencial. Os R$ 2 milhões faturados em 2014 pela empresa paulistana Empório da Papinha refletem essa realidade. Em 2009, quando percebeu que não havia papinhas não industrializadas nas prateleiras dos mercados, Maria Fernanda Rizzo, professora de Educação Física, descobriu sua maneira de entrar no mercado. “A empresa nasceu para facilitar o dia a dia das mães que se preocupam com a alimentação saudável e que, assim como eu, não têm tempo para preparar as papinhas. Quando tive minha filha, senti a necessidade de oferecer a ela apenas refeições saudáveis e com alimentos orgânicos. Já que a nutrição nos primeiros anos de vida é fundamental”, explica Rizzo.
Responder às questões ambientais e sociais que enfrentamos local e globalmente representa a maior oportunidade da inovação no século 21″, garante KoAnn.
A maternidade também foi o ponto de partida de outra paulistana, a pediatra Ana Paula Ferraudo, de Botucatu. Mãe de duas meninas, Ana Paula notou que as roupas das filhas não eram produzidas de maneira sustentável; e tinham baixa durabilidade. Em pouco tempo, pôs as ideias em prática e criou a Gruta da Cuca, grife infantil de roupas ecológicas. Além de serem slow fashion, uma tendência de moda que permite que a peça seja usada por mais tempo. As roupas são feitas com materiais ecológicos. Garrafas PET, aparas, retalhos e algodão orgânico e as etiquetas, confeccionadas com papel semente, podem ser plantadas. “As etiquetas refletem nossa preocupação de mostrar nos menores detalhes que a sustentabilidade é possível. Ensinar às crianças o conceito é uma obrigação”, analisa Ana.
De acordo com KoAnn Vikoren Skrzyniarz, fundadora e CEO da Sustainable Brands, uma rede global de conferências sobre inovação, é importante informar os empresários a respeito das oportunidades de negócio inerentes ao abraçar a sustentabilidade; em vez de “empurrá-la como uma responsabilidade. Responder às questões ambientais e sociais que enfrentamos local e globalmente representa a maior oportunidade da inovação no século 21”, garante KoAnn.