Os investimentos em renda fixa são recomendados para pessoas com perfil conservador. Saiba tudo sobre eles.
Na Renda Fixa a remuneração do investimento ou a sua forma de cálculo é definida no momento em que o dinheiro é aplicado.
Assim, o investidor aplica o seu dinheiro em um tipo de operação que informa, na data da aplicação, qual será a taxa de rendimento daquela operação, quais serão os impostos incidentes e as taxas cobradas e, qual será o prazo para o dinheiro ficar aplicado para garantir aquela rentabilidade. Com isso, a instituição financeira se compromete a receber o valor investido e devolvê-lo acrescido do rendimento que ele prometeu pagar quando ele recebeu aquele valor.
Neste caso o risco do investidor perder dinheiro é bem reduzido. Mas ele existe. Isso acontece se a instituição financeira não honrar o que prometeu, por exemplo, se ela falir. Esse risco é reduzido se o tipo de investimento escolhido for garantido pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC) como a Poupança, CDB, LCI e LCA. Esse fundo fixa um valor limitado para pagar ao investidor caso a instituição financeira não pague. O risco também pode ser reduzido fazendo-se uma análise sobre a instituição onde o dinheiro será aplicado, se ela é sólida, se possui recursos, e se cumpre a legislação corretamente não tendo, por exemplo, processos em órgãos fiscalizadores como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Bolsa de Valores (B3).
As opções de investimentos em Renda Fixa são a Poupança, os Fundos DI, os Fundos de Renda Fixa, os Títulos Públicos, os CDBs e as Debêntures (títulos emitidos por empresas privadas).
Tomando a Poupança como exemplo, o investidor sabe que vai receber o rendimento somente após 30 dias da data da aplicação, se o valor for mantido lá por este período; sabe que não incidem impostos, taxas de administração e nem tarifa sobre a conta de poupança aberta no banco; e sabe que a taxa de rentabilidade é fixada por uma lei. Assim, vai receber aquela taxa acrescida da Taxa Referencial (TR) que é o índice de correção monetária definido na lei.
Tomando-se as Debentures como exemplo, o investidor compra um título emitido por uma empresa privada, através de uma Corretora de Valores Mobiliários na qual ele é previamente cadastrado. A empresa informa o valor do título, o prazo no qual ele será resgatado (geralmente um prazo longo, contado em anos) e quanto irá pagar de juros para o investidor na data do resgate (no final do prazo de validade deste título) ou em períodos menores (cupons de juros periódicos). O investidor também sabe que deverá pagar Imposto de Renda (IR) sobre o lucro obtido com a operação.
Rentabilidade
A rentabilidade dos investimentos em Renda Fixa pode ser determinada de duas formas:
- Pré-Fixada: a rentabilidade exata do investimento é fixada na data da aplicação. Por exemplo, um título do Tesouro Direto negociado a R$ 30,00, será recomprado por R$ 50,00 no seu vencimento, após 3 anos. Você já sabe que vai receber R$ 20,00 de rentabilidade após os 3 anos, descontando o IR e as taxas de administração cobradas pela Corretora de Valores Mobiliário e pela B3. Um exemplo deste investimento em Renda Fixa são os Títulos de Tesouro Pré-Fixado (antiga LTN – Letra do Tesouro Nacional);
- Pós-Fixada: não se sabe a rentabilidade exata do investimento, mas se sabe a forma de cálculo dela. Neste caso, o investidor sabe qual o índice será atrelado ao investimento para calcular a remuneração dele. Este índice pode sofrer oscilação. Por exemplo, em um Título do Tesouro Direto atrelado a SELIC, a rentabilidade vai variar de acordo com a variação da SELIC, se ela cair, o rendimento do título cai também e se ele subir, a rentabilidade aumenta. E também devem ser considerados o IR e a taxas incidentes.
Investimentos em renda fixa são recomendados para pessoas com perfil conservador, que preferem não correr riscos.
Por Samasse Leal