Planejamento é o segredo para equilibrar as contas e mantê-las sob controle. Saia do vermelho com essas dicas simples.
Se você já se informou sobre economia doméstica, certamente já ouviu falar que anotar todos os gastos é o primeiro passo para organizar as contas. E isso é verdade. As anotações ajudam a conhecer seu padrão de consumo e a identificar não só com o que você gasta, mas como pode evitar gastar. Esse levantamento deve ser mensal, e incluir cada centavo que for recebido e gasto no mês. Faça uma conta de subtração simples: renda recebida menos todos (absolutamente) todos os gastos. O ideal é que o saldo seja positivo ou pelo menos igual a zero. Nesse caso você não é um endividado.
E o que fazer para sair do vermelho?
1º Quite as dívidas
Trace uma estratégia. Dívidas com bancos e cartões de crédito são as mais caras (juros mais altos), assim, devem ser quitadas primeiro. Utilize rendimentos extras ou substitua empréstimos mais caros por outros mais baratos (veja nossas dicas em Despesas de início de ano, evite entrar no vermelho) para pagar o máximo que conseguir reduzindo o saldo devedor.
Por outro lado, outras dívidas podem causar problemas maiores em um prazo mais curto. Dívidas com a escola dos filhos podem impedir a matrícula no ano seguinte; com o condomínio podem levar seu imóvel a leilão e com o aluguel podem resultar no seu despejo. Se for o caso, priorize o pagamento destas.
2º Negocie
Procure reduzir o valor das prestações mensais de empréstimos, mesmo que isso aumente o prazo do pagamento. O objetivo é reduzir a despesa mensal possibilitando pagar outras despesas que também estejam atrasadas.
Peça desconto na mensalidade escolar ou uma bolsa de estudos. Considere uma escola mais barata ou mais próxima de casa que reduza custos com transporte.
Apresente uma proposta de pagamento parcelado da dívida com o Condomínio, propondo redução da multa e dos juros, e pague em dia o próximo vencimento. Uma proposta por escrito pode ser utilizada em seu favor em uma ação judicial de cobrança, comprovando ao juiz que você está tentando quitar seu débito e poderá resultar num acordo judicial futuro.
Uma regra do Imposto de renda de pessoas jurídicas permite que elas considerem valores a receber de clientes como perdas definitivas e descontem o prejuízo no IR a pagar. Se sua dívida já tiver mais de 01 ano, já poderá estar neste processo, então será mais fácil negociar com a empresa. Ofereça pagar 20% do valor total da dívida, se possível parcelado, para limpar seu nome.
3º Corte gastos e economize
Algumas medidas rápidas:
- Não compre produtos ou serviços que não sejam essenciais, inclusive corte até gastos com lazer, ao menos temporariamente, até equilibrar as contas;
- Não pague tarifas para vários bancos, tenha apenas uma conta bancária e concentre seus recursos nelas (o bom relacionamento com o banco facilita a obtenção de crédito);
- Mantenha no máximo dois cartões de crédito com vencimentos diferentes melhorando o controle dos pagamentos, e prefira aqueles que não cobram anuidades;
- Jamais pague o valor mínimo da fatura, opte pelo parcelamento ou pague o máximo que puder;
- Reduza ao máximo a lista do mercado, aproveite promoções e compare preços;
- Procure fazer compras coletivas que assegurem descontos, inclusive em sites de descontos;
- Utilize pontos e descontos de clubes de benefícios (alguns garantem até mesmo desconto em compras em supermercados);
- Troque o transporte público ou carro por bicicleta ou mesmo caminhadas nos trajetos mais curtos;
- Cortar gastos mínimos parece irrelevante, mas não é. O principal impacto é a mudança de padrão de consumo. Então cortar a sobremesa e o cafezinho pode te ajudar a sair do vermelho!
Observe na sua lista de despesas onde estão os gastos que podem ser cortados, que não sejam essenciais. Num momento de crise, toda economia que possa ser feita é um grande passo para equilibrar as contas. O esforço precisa ser de toda a família. E nunca atrase parcelas de um acordo.