Entender como planejar as finanças é primordial para a sua saúde econômica. Veja como realizar o seu planejamento de forma simples em apenas alguns passos.
Redação | 28 de Fevereiro de 2019 às 19:00
Entender e organizar os gastos em casa é um desafio para muitas pessoas. A fim de facilitar as coisas, muitos especialistas em economia doméstica orientam a organizar os gastos mensais em planilhas para equilibrar as contas, economizar e até mesmo começar a investir. Mas qual seria uma meta de orçamento saudável? E como planejar as finanças da melhor forma possível para o seu estilo de vida?
Com um planejamento simples, é possível traçar um orçamento sustentável que pode ajudar você formar uma reserva de recursos para o futuro ou para eventuais emergências. Mas atenção: este modelo leva em conta uma expectativa de uma família de classe média que esteja ainda adquirindo bens de valor elevado. É possível ajustá-lo a sua realidade, no entanto.
Primeiramente consideramos o valor líquido dos ganhos mensais. Ou seja, o valor que sobra após os descontos relativos aos impostos. Este será o valor base do orçamento familiar que deve ser distribuído da seguinte forma:
… deve ser destinada aos gastos fixos mensais. Alimentação, educação (escola dos filhos, cursos de idioma, etc); plano de saúde, moradia (aluguel, IPTU, condomínio, etc.) entram nessa lista. É importante incluir todos os gastos que você sabe que terá todo mês e descobrir o total.
… deve ser destinada aos gastos variáveis. Lazer, vestuário e eventualidades como remédios e tratamentos médicos de emergência, por exemplo, já que são gastos imprevisíveis. Eles geralmente podem ser efetuados com o cartão de crédito mensalmente ou com o cartão de débito.
… é o limite que pode ser destinado às dívidas e obrigações de pagamentos como financiamento de veículo ou de imóvel, dívidas acumuladas com cartão de crédito, empréstimo pessoal ou cheque especial.
… deve ser destinada à formação de sua poupança para investimentos e para o futuro. É neste percentual do seu orçamento que deve estar previsto o valor destinado à mensalidade de previdência privada, dos seguros e investimentos.
Na medida em que a necessidade de recursos destinados às dívidas e obrigações de pagamentos à terceiros se reduz, o percentual destinado a este item deve diminuir também e, pode ser realocado para gastos fixos ou, melhor ainda, para formação de poupança e investimentos para o futuro.
Os percentuais definidos para cada item do orçamento indicam a importância que determinado item do orçamento possui para a família. Assim, nesse modelo, a parcela de poupança e investimentos é menos importante do que a parcela das dívidas.
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Esses percentuais podem variar de acordo com o objetivo de quem quer saber como planejar as finanças. Por exemplo, o percentual destinado ao lazer pode ser reduzido para aumentar o percentual destinado à poupança. Porém, não é recomendada uma variação maior do que de 5% para mais ou para menos (aplicado a todos os itens em cadeia) nos percentuais para o planejamento de uma família de classe média. Também não é bom que o percentual fixado para dívidas seja maior do que 30% da renda líquida.
Tomando-se como exemplo um casal que receba o valor líquido de R$ 10 mil. O orçamento familiar deles, de acordo com o modelo, deveria ser:
Eleger suas prioridades é primordial para entender como planejar as finanças. Só a partir daí é possível traçar o seu planejamento. Caso você não consiga se manter dentro destes parâmetros, talvez esteja na hora de rever seus gastos com lazer, com a parte do seu orçamento comprometida com dívidas e começar a economizar para pagá-las e equilibrar as contas. Algumas vezes pode ser necessário reduzir os gastos fixos eliminando compromissos que não sejam absolutamente essenciais até conseguir reduzir as dívidas.