Crédito, débito ou pulseira
Com os celulares cada vez mais finos e menos incômodos de se carregar no bolso, faltava nos livrarmos da carteira. Desenvolvedores de tecnologia, sempre repensando velhos processos a fim de dinamizá-los, não deixaram essa passar e assim surgiram os wearables. Mas será que essa ideia pega no Brasil?
Redação Publicado em 21/04/2018, às 17h00 - Atualizado em 13/04/2021, às 17h54
Sair de casa com pouca coisa proporciona, além de conforto, certa sensação de segurança. Com os celulares cada vez mais finos e menos incômodos de se carregar no bolso, faltava nos livrarmos da carteira. Desenvolvedores de tecnologia, sempre repensando velhos processos a fim de dinamizá-los, não deixaram essa passar e assim surgiram os wearables.
Você pode até achar que não sabe do que trata essa tecnologia, mas sabe sim: wearable significa vestível, uma tendência do mercado tecnológico que vem crescendo desde 2014 com a criação dos primeiros relógios smart. De acordo com uma projeção sobre os próximos cinco anos da área, o número de produtos dessa categoria chegará a 578 milhões em 2019, em todo o mundo.
No Brasil já surgiram as primeiras startups especializadas nesse tipo de tecnologia e, mais uma vez, se engana quem acha que ela é pouco acessível. Vem da cidade de Timbó, Vale do Itajaí (SC), a tal ideia que permite realizar pagamentos de maneira discreta, sem que seja necessário sacar um cartão. Orlando Purim Jr., Mike Allan, e Luiz Fernando Heidrich se perguntaram: e se pudéssemos substituir o cartão por uma pulseira discreta? E assim nasceu a Atar Band, na qual o usuário insere créditos em uma conta associada à ATAR e pronto. Basta aproximar a pulseira a uma máquina de débito e o pagamento é feito. Sem senha e sem complicações. Em caso de perda ou roubo, é possível bloquear a pulseira por um aplicativo, onde também ficam registrados todos os gastos e o saldo disponível.
“No processo de pesquisa, imaginamos quantos pagamentos um morador de grandes centros faz todos os dias. A pulseira que criamos tem o propósito de ser um meio de pagamento rápido, conveniente e, acima de tudo, seguro. Pois não será mais preciso sacar a carteira ou tirar o celular do bolso no momento da compra,diminuindo a exposição. ”, explica Purim, para quem os wearables “vieram para ficar”.
O que pode parecer futurístico é, na verdade, uma maneira relativamente simples de aproveitar um sistema já disponível em larga escala no Brasil. Mais de 85% das máquinas de débito no país funcionam utilizando tecnologia de comunicação por campo próximo (NFC, na sigla em inglês). E o futuro é promissor: segundo estimativas de operadoras de cartão de crédito, mais de 1,9 bilhão de dispositivos estarão aptos a realizar pagamentos por NFC até 2018.