Descubra como usar cartão de crédito sem se endividar com 7 dicas simples.
Iana Faini | 6 de Novembro de 2020 às 13:00
O cartão de crédito é uma facilidade que nos permite comprar mesmo antes de ter receber o dinheiro, mas também pode ser uma armadilha que nos leva a gastar mais do que podemos, mantendo a conta bancária sempre no vermelho. Confira a lista das 7 dicas para evitar cair em arapucas:
Administradoras de cartões de crédito sabem muito bem como captar novos clientes, então previna-se contra a avalanche de ofertas. Quando você morde a isca e obtém um cartão que não precisava, é grande a probabilidade de acumular dívidas.
No Brasil, muitas empresas trabalham com anuidades gratuitas para conquistar esses clientes, mas resista! Não há necessidade de você ter mais do que dois cartões – sendo um internacional, caso costume viajar para o exterior.
Quanto mais cartões você fizer, mais difícil vai ser controlar os gastos e mais possibilidades de dívidas você terá.
Saques em dinheiro com o cartão de crédito parecem uma facilidade, mas funcionam como empréstimos e costumam ter taxas tão altas quanto as do cheque especial. Antes de fazer isso, avalie se não é mais vantajoso pedir um empréstimo pessoal no banco em que você tem conta (que é mais barato do que pedir em uma financeira).
Existe ainda a possibilidade de você conseguir um crédito consignado, que é mais barato.
Se a operadora do cartão de crédito enviar a você um cartão sem que você o tenha solicitado, ela não poderá cobrar a anuidade uma vez que a lei de defesa do consumidor considera que o produto enviado sem a solicitação prévia do consumidor é amostra grátis.
Se você não desejar o cartão, quebre-o. Caso você decida ficar com ele, ligue para a operadora e diga que só o aceita se não tiver a anuidade (para sempre, e não apenas no primeiro ano). Também fique atento às tarifas de manutenção caso o cartão não seja utilizado: elas não passam de anuidades disfarçadas!
Digamos que você tenha um saldo devedor de R$ 2.000 em um cartão de crédito que cobra juros altos (de até 18% ao mês), um financiamento do apartamento de R$ 100.000 e um outro empréstimo de R$ 10.000. Seu dinheiro só dá para pagar os empréstimos mensais, então qual dessas dívidas deve ser prioridade?
Primeiro pague a dívida de taxa de juros alta – nesse caso, o cartão de crédito – mesmo sendo a menor quantia devida, explicam consultores financeiros.
Lidar com os empréstimos mais caros primeiro e pagar os mais baratos em ritmo mais lento vai ajudá-lo a pagar menos juros a longo prazo.
Se está devendo aos cartões de crédito,considere seriamente buscar um acordo para quitar o débito, você tem boas chances de conseguir negociar com as administradoras de cartões. Elas sabem que, se você optar por essa solução, terão maiores chances de receber seu dinheiro de volta.
Peça à administradora que congele ou reduza os juros enquanto isso. Para obter ajuda nas negociações, contate o Procon (Serviço de Proteção e Orientação ao Consumidor) de seu estado ou município.
Se você deve muito, após negociar sua dívida peça o cancelamento do cartão até que suas finanças estejam equilibradas. Dessa forma você deixa de pagar a anuidade que aumenta a dívida. Quebre o cartão para ter certeza de que não vai voltar a usá-lo e pague sempre o total da fatura.
O cartão de crédito permite a compra parcelada, sem juros. Mas isso depende do acordo que a loja mantém com a operadora do cartão. Sendo assim, sempre pergunte, antes de efetuar a compra parcelada, se há juros.
Além desses encargos, o cartão de crédito cobra juros se você: sacar dinheiro com o cartão, pagar a fatura com atraso ou pagar o valor mínimo. Essa última opção é sempre a mais perigosa para o consumidor, pois é quando incidem as taxas de juros do crédito rotativo do cartão.
Por isso, sempre que possível, pague a conta integral de cartão de crédito todos os meses – dessa forma, você não vai permitir que a administradora fique cobrando juros.
Se não conseguir pagar o total da fatura, pague o máximo que puder quando a conta chegar. Além disso, quanto mais tempo você esperar para fazer o pagamento, mais juros serão acumulados. Não deixe essa conta para depois – pague-a no momento que chegar à sua porta.
Quer saber mais sobre como funcionam os cartões de crédito? Confira o artigo Cartão de crédito: o que seu banco sabe sobre você