Ajude seu filho a planejar os gastos

Veja como orientar seus filhos a utilizar bem os recursos de seu primeiro emprego, distribuindo seus gatos de orçamento em três categorias

Redação | 28 de Janeiro de 2019 às 18:00

nd3000/Istock -

Seu filho de 16 a 21 anos de idade conseguiu o primeiro emprego, começou em um estágio, em uma vaga de jovem aprendiz ou de trainee e já está planejando como gastar o primeiro salário? Essa ansiedade é muito natural e até mesmo bastante positiva. Geralmente o primeiro salário é gasto em comemorações ou com algo que já vinha sendo desejado há algum tempo. E isso é ótimo porque é a melhor forma de se recompensar pelo esforço e curtir o sucesso.

Orientando seus filhos

Sem dúvidas o novo salário é um fato importante na vida dos jovens. Pensando nisso, a dica de hoje é para você aprender a orientar seu filho a lidar com essa responsabilidade. E, também, o limite da independência conquistada com essa novidade, que não necessariamente representa uma independência financeira.

Afinal, em regra, os filhos continuam vivendo com os pais e sendo sustentados por eles.

Depois da mesada, que pode ser o primeiro contato das crianças e adolescentes com o dinheiro e com as finanças, o planejamento do salário é o próximo passo na educação financeira. Por isso é importante orientá-los, destacando a importância de utilizar bem os recursos. Dessa forma, além de aproveitar a graninha eles ainda conseguem fazer uma reserva para o futuro.

Na nossa sugestão, inspirada em recomendações de especialistas em finanças, consideramos o valor líquido dos ganhos mensais no total de R$ 1.000,00. Ou seja, o valor que sobra após os descontos relativos aos impostos. Este será o valor base do orçamento que deve ser distribuído da seguinte forma:

35% da renda líquida (R$350,00) para despesas fixas

Essas despesas representam gastos com alimentação, transportes, celular e cursos livres. Recomendamos planos de telefonia mais baratos, os chamados “controle” que são oferecidos por diversas operadoras, ou os planos pré-pagos.

Em relação aos cursos livres, a recomendação é que os jovens invistam em os cursos de idiomas à distância, que costumam ter custos mais reduzidos. Jovens entre 16 e 21 anos geralmente ainda não possuem custos fixos com moradia, alimentação, plano de saúde, etc. Porém, é importante que eles entendam a importância dessa parcela fundamental num orçamento.

35% da renda líquida (R$350,00) para despesas variáveis

Essas despesas variáveis, como vestuário, lazer, remédios, livros e demais itens, possibilitam o sentimento de recompensa pela dedicação ao trabalho e o estimulam a continuar se dedicando. Devem ser computados gastos com cartões de crédito e débito, que devem ser utilizados com consciência e acompanhamento dos pais.

Entre 16 e 18 anos os menores podem ter cartões como dependentes de seus pais, os titulares da conta. Somente a partir de 18 anos e após aprovação de renda é possível solicitar um catão diretamente à instituição.

30% da renda líquida (R$300,00) para investimentos para o futuro

A caderneta de poupança ou previdência privada, que deve ter seu boleto emitido em nome dos pais e ter o jovem como beneficiário, são boas formas de investimento. Como estagiário não é legalmente obrigado a recolher INSS, as empresas não costumam fazer este desconto. Dessa forma, não recebem o adicional de FGTS.

Por isso essa parcela de reserva da renda se torna ainda mais importante para o planejamento do futuro e da aposentadoria. Se desejar, pode contribuir para o INSS como Contribuinte Individual. Já o menor aprendiz e o Trainee obrigatoriamente são incluídos nessas previsões legais, mas nem por isso a reserva para o futuro deve ser dispensada.

Saiba como contribuir com o INSS sendo trabalhador autônomo.

Ao logo do tempo, os objetivos e padrões de vida se modificam. Por isso, o orçamento deve se adaptar, como você pode ver na nossa sugestão de orçamento para uma família de classe média em “Descubra o planejamento ideal para suas finanças”. Nesta sugestão consideramos uma parcela de endividamento (que jovens não devem ter). Além de um percentual de 45% de gastos fixos da renda líquida, o que fez com que a parcela destinada a investimentos fosse reduzida para 10%.

Aqui no canal de Economia da Revista Seleções você encontra dicas e recomendações de economia doméstica, empreendedorismo, de como sair do vermelho, economizar, investir e ganhar dinheiro, nos diversos momentos da vida, da infância à aposentadoria. Nós pensamos em tudo para trazer conhecimento para você.

POR SAMASSE LEAL