Henrietta Paxton, de 40 anos, perdeu o equilíbrio enquanto fazia agachamento com uma barra de 120 kg e o pior aconteceu.
A professora de educação física Henrietta Paxton, de 40 anos, estava habituada a realizar exercícios com grandes cargas. No entanto, um desequilíbrio durante uma série de agachamentos transformou a vida da inglesa em maio deste ano.
A barra de 120 quilos que Henrietta usava escorregou inesperadamente e ficou posicionada atrás dos ombros dela. Em entrevista ao Daily Mail, ela revelou que tentou compensar o peso inclinando o corpo para o lado oposto, mas acabou caindo para a frente e foi esmagada pelo peso.
Exames de ressonância magnética e tomografia computadorizada realizados no Hospital Geral de Southampton imediatamente após o acidente revelaram que a ex-atleta de salto com vara havia fraturado e deslocado parte da coluna, além de ter sofrido uma lesão na medula espinhal, o que resultou na perda dos movimentos da cintura para baixo.
“Aquele momento em que sabia o que estava acontecendo e não havia nada que eu pudesse fazer para impedir foi o mais aterrorizante da minha vida”, conta em entrevista ao jornal britânico.
Henrietta recorda ter ouvido o som da coluna se rompendo e de ver as pessoas na academia tentando acalmá-la, assegurando-lhe que tudo ficaria bem. “A dor era indescritível, não há nada com que eu possa compará-la. Foi a maior dor que já senti”, afirma.
A mulher admite que não utilizou a trava de segurança do equipamento, a qual é essencial para impedir que a barra com os pesos ultrapasse a altura segura. “Tornou-se a norma não usar. Mas, olhando para trás, é uma ideia ridícula agachar sem elas e eu diria a qualquer um que nunca faça isso sem barras de segurança”, aconselha
A ex-atleta e mãe de dois filhos passou por uma cirurgia para fundir cinco vértebras e estabilizar a coluna. Apesar de o procedimento ter sido bem-sucedido, os médicos informaram que é pouco provável que ela recupere a sensibilidade nas pernas devido aos danos na medula espinhal.
Henrietta ficou internada por seis semanas antes de ser transferida para um centro de reabilitação da coluna, onde realizou exercícios com um andador para manter os músculos das pernas ativos. Ela também continua a exercitar os membros superiores.
Acostumada com um estilo de vida acelerado, a inglesa revela que sempre foi impaciente, mas tem aprendido a desacelerar e aceitar seu próprio ritmo. Ela se mantém otimista e espera retornar ao trabalho em janeiro do próximo ano. Apaixonada por esportes, a ex-saltadora planeja iniciar o basquete e o rúgbi em cadeira de rodas.
“Ainda tenho tanta coisa para fazer, não vou deixar isso tomar conta e reduzir a qualidade da minha vida, muito menos a qualidade da vida da minha família. É isso que me faz levantar todos os dias e me manter seguindo em frente”, comenta Henrietta.
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