A mulher já lutava contra sangramentos intensos e outros problemas na região íntima.
Luana Viard | 7 de Junho de 2024 às 15:00
Desde o início de sua menstruação aos 14 anos, uma mulher batalhava contra um sangramento intenso. As dores se tornaram mais intensas após se tornar sexualmente ativa aos 16 anos e durante sua primeira gravidez, porém, a causa dos sangramentos e dores permanecia desconhecida para ela.
Ela chegou a utlizar três absorventes ao mesmo tempo e até fraldas para adultos para conter o sangramento, mas nenhum deles proporcionava alívio.
Shannon Webster, de 28 anos, foi informada por seus médicos de que seu pequeno porte físico era a causa das dores durante o sexo, consideradas "normais". Apesar de dar à luz seu primeiro filho, que agora tem 10 anos, duas semanas antes do previsto, por meio de cesariana, nenhum sinal de anormalidade havia sido detectado pelos médicos até então.
Após sofrer um aborto espontâneo, o ultrassonografista fez uma descoberta surpreendente: Shannon tinha dois úteros. Durante sua gravidez subsequente, que resultou em seu filho mais novo, de sete anos, um exame com espéculo revelou que ela também possuía dois colos do útero e duas vaginas. Os médicos determinaram que seu primeiro filho havia se desenvolvido no útero esquerdo, enquanto o segundo estava sendo gestado no útero direito.
“Depois que tive um aborto espontâneo, o médico disse que eu era diferente. Em um primeiro momento não tinha entendido o que ele quis dizer, até ele me falar que eu tinha dois úteros. Aí eu engravidei novamente e a equipe médica me disse que o bebê estava no meu segundo útero”, elucidou Webster.
Informaram a ela sobre a possibilidade de realizar uma cirurgia para remover o septo que conecta suas vaginas após o parto. Webster deu à luz seu filho em agosto de 2017 através de uma cesariana. "Eles me exibiram para que todos [os médicos] vissem. Era como se eu estivesse em um museu. Foi para que todos pudessem ver meus dois úteros”, disse Webster.
Após o nascimento de seu filho, Shannon passou por uma cirurgia para remover o septo que separava suas duas vaginas e descobriu um medicamento que auxilia no controle do sangramento intenso.
Em 2020, foi necessário realizar a remoção de sua tuba uterina esquerda devido a uma gravidez ectópica, deixando o útero esquerdo inativo. Suas chances de conceber mais filhos agora são mínimas.
Ela continua enfrentando frequentes infecções do trato urinário e outras complicações devido à sua condição, e recentemente foi encaminhada para uma investigação mais aprofundada sobre o assunto. Desde setembro de 2023, ela não menstrua devido ao uso do medicamento.
“Fico absolutamente petrificada com a possibilidade de sangrar novamente”, diz a paciente.
Vale lembrar que é muito importante manter consultar regulares com ginecologista. Dessa forma, você pode prevenir doenças e problemas de saúde. Confira nossa matéria com 8 dicas para você cuidar melhor da sua saúde.
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