Um homem dos Estados Unidos desenvolveu a síndrome do choque tóxico depois de um pequeno corte no joelho durante jogo
Luana Viard | 14 de Novembro de 2024 às 17:45
Em outubro, Dylan Riley, de 31 anos, estava se divertindo com amigos em uma partida de frisbee golf em Oklahoma City quando sofreu um pequeno acidente que quase lhe custou a vida.
Depois de um corte no joelho, ele contraiu a Síndrome de Choque Tóxico Estreptocócico, uma infecção rara e potencialmente fatal provocada pela bactéria Streptococcus. A bactéria entrou na corrente sanguínea de Dylan, fazendo com que seu sistema imunológico atacasse de maneira intensa os tecidos saudáveis.
Duas semanas após o acidente, ele começou a sentir sintomas parecidos com os de uma gripe, que logo se agravaram, resultando na paralisia total de seu corpo. “A única coisa que consegui fazer foi virar a cabeça e gritar para meus colegas de quarto me ajudarem”, contou Dylan à revista People.
O jovem foi levado com urgência para o hospital e conseguiu sobreviver após receber tratamentos intensivos, mas ainda lida com complicações graves em sua recuperação. “Ele chegou ao nosso hospital gravemente doente, praticamente à beira da morte. Se ele tivesse esperado mais, provavelmente não sobreviveria”, afirmou o médico Bob Schoaps, que atendeu o jovem.
Trina White, mãe de Dylan, tomou um susto ao ser informada que o filho estava em estado crítico. “Quando cheguei, os médicos disseram: ‘Não temos tempo. Vocês querem colocá-lo em suporte de vida ou não?’ Como mãe, é seu pior pesadelo. Eu disse: ‘Faça o que for preciso para salvar meu filho’”, relata.
Dylan foi conectado a uma máquina de oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO), um dispositivo que auxilia no funcionamento do coração e dos pulmões em pacientes gravemente enfermos. “Durante aquela semana, enquanto eu sentia sintomas parecidos com uma gripe, a bactéria já estava desligando meu coração, pulmões e rins. Precisei de aparelhos para sobreviver”, relata Dylan.
Mesmo com o suporte da ECMO, a pele de Dylan começou a apresentar sinais de necrose, escurecendo em áreas como as orelhas, braços e pernas. Após cinco dias em coma, Dylan foi retirado da máquina, mas foi alertado sobre a possibilidade de ter que amputar um ou mais membros.
Após um mês, ele perdeu a maior parte das mãos. Embora tenha ficado com limitações, ainda conseguiu segurar uma caneta e escrever, mas precisou abandonar suas atividades com soldagem e construção.
Sua mentalidade otimista foi fundamental para uma recuperação impressionante. Em 17 de maio, ele recebeu próteses nas pernas e, um ano depois, já estava praticando atividades que ele sempre gostou, como o boliche.
Atualmente, Dylan vai ao hospital para se encontrar com outros amputados antes das operações, proporcionando suporte e otimismo. “Posso pelo menos ajudá-los a ver que este não é o fim, mas o começo de uma nova história. É possível seguir em frente e se destacar”, declara ele.
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