O que você faria se fosse um médico com uma paciente que, em razão de sua crença, não permitisse transfusão de sangue? Confira esse dilema profissional!
O que você faria se fosse um(a) médico(a) com uma paciente que, em razão de sua crença, não permitisse transfusão de sangue? Confira esse dilema profissional!
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Ela entrou, jovem em seus quarenta e poucos anos. Tinha um tumor no pulmão. Mesmo assim, estava calma. A mesa do médico reflete seu poder. Mas, quando a paciente disse “sangue não, sou Testemunha de Jeová”, a balança do poder se desequilibrou. Sua crenças era tão forte quanto minhas convicções sobre a importância da cirurgia.
Expliquei que seu nódulo no pulmão talvez exigisse a remoção de metade do órgão. Ela concordou: “Mas sem transfusões”.
Ela também não permitiria que eu estocasse o próprio sangue. Eu nunca havia feito uma transfusão naquele tipo de procedimento. Porém, sempre reservava o sangue. Mas eu era jovem, ousado, é claro que conseguiria.
“Minha obrigação era com a moral da profissão – salvar vidas – ou com as crenças da paciente?”
E se ele tivesse uma hemorragia durante a operação? Eu poderia manter minha promessa? Minha obrigação era com a moral da profissão – salvar vidas – ou com as crenças da paciente? Como seria sua vida se eu removesse o câncer, mas fizesse a transfusão?
Finalmente, resolvi ir em frente. Durante a cirurgia, uma artéria se rompeu, jorrando sangue. Não muito, mas naquelas circunstâncias, um tsunami. Meu dedo fechou o orifício. Coloquei uma pinça e continuei. Sentia-me como um piloto que perdeu um motor mas conseguiu aterrisar. A possibilidade de morte esteve presente. Ainda me arrepio só de pensar. Respirei. Meu assistente parou de suar e o anestesista se sentou. Estava tudo bem. Sentimos como se os três precisássemos da transfusão. O restante da operação foi normal.
Nós cirurgiões temos medicina, tecnologia e instrumentos avançados. Somos competentes. No entanto, os pacientes continuam a nos testar, a desafiar nossas decisões e habilidades.
Dr. Larry Zaroff