A escocesa, Joy Milne, percebe o cheiro do Parkinson no marido 12 anos antes dele ser diagnosticado com a doença.
Redação | 9 de Setembro de 2022 às 12:28
Escocesa de 72 anos de idade, viraliza como “A mulher que pode sentir o cheiro do Parkinson”. Joy Milne sentiu o cheiro do Parkinson no próprio marido, 12 anos antes dele apresentar sintomas e ser diagnosticado com a doença.
Já é sabido que algumas doenças, como o câncer, possuem odores próprios. Animais como os cães e formigas, são capazes de percebê-los. Mas alguns seres humanos, geralmente da área da saúde, também conseguem atingir tal percepção.
Assim sendo, é importante dizer que ainda não se tinha registros sobre o cheiro do Parkinson. Por isso, pesquisadores da Universidade de Manchester, na Inglaterra. Convidaram a escocesa para uma série de testes.
O grupo de pesquisadores de Manchester, aproveitou a hipersensibilidade no olfato de Milne, para compreender se era possível apontar a doença em outros indivíduos.
Na Universidade, a escocesa se deparou com uma pilha de roupas que pertenciam a pessoas diagnosticadas e pessoas não diagnosticadas com a condição neurológica. E sem saber qual roupa pertencia a quem, ela foi capaz de acertar todos os diagnósticos.
Somente um diagnóstico foi anotado como equivocado, mas para surpresa dos cientistas, semanas após o teste, o paciente saudável foi diagnosticado com Parkinson. – Então qual será o cheiro do Parkinson?
Segundo Joy Milne, o cheiro da doença remete ao almíscar. Aroma oriundo de uma substância encontrada em uma glândula do cervo-almiscarado. O almíscar também é frequentemente utilizado como fixador em colônias masculinas.
Ademais, é preciso dizer que, para comunidade científica, os testes possuem pouca relevância. Isso porque, julgam que os testes foram feitos com poucos voluntários, contudo, os cientistas reconhecem que os testes apresentam um caminho novo para ser tomado.
Perdita Barran iniciou o desenvolvimento de um novo método de diagnóstico para o Parkinson. O objetivo é identificar alterações químicas na pele que sejam consequência da doença.
Ainda não se tem uma data para apresentação do novo método, entretanto, há otimismo entre os pesquisadores envolvidos. Até porque, caso tenham êxito, criarão uma ferramenta que facilitará o diagnóstico, que atualmente é feito através do histórico médico do paciente.