Infecção é rara e possui uma alta taxa de mortalidade.
Carol Peres | 26 de Novembro de 2024 às 16:00
Febre, fadiga, tosse e dores no corpo costumam ser sintomas de um resfriado, problema comum e de recuperação breve e tranquila, normalmente. No entanto, o inglês Simon English teve uma surpresa desagradável ao descobrir que o que ele pensou ser um resfriado tratava-se de uma bactéria rara e fatal.
Assim que começou a sentir os sintomas, Simon não suspeitou de um diagnóstico mais grave pois sua mulher trabalha em uma escola e resfriados são comuns. Mas quando os sintomas se agravaram a preocupação o levou ao hospital.
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O bombeiro aposentado de Beverley, Yorkshire, na Inglaterra, contou ao The Daily Mail que começou a sentir os sintomas de resfriado em março. Levaram algumas horas para que a febre, a tosse e a fadiga piorasssem. No dia seguinte Simon English foi para o hospital.
"Minha enfermeira me disse que, se eu tivesse demorado mais para ir ao hospital, eu não estaria aqui agora."
Segundo o homem, as duas semanas que vieram após a internação foram meio confusas e ele não se lembra muito bem pois precisou tomar uma quantidade significativa de morfina. Contudo, Simon relata que quando ele acordou, o médico explicou que o problema que ele tinha era fasceíte necrosante, conhecida como bactéria devoradora de carne.
A fasceíte necrosante é uma infecção bacteriana causada por diferentes patógenos, como o Staphylococcus aureus, e é especialmente perigosa quando atinge o sangue, pulmões ou músculo, podendo causar falência de órgãos. O tratamento é feito com antibióticos, desbridamento cirúrgico e amputação, se necessário.
Parte da nádega esquerda de Simon English precisaram ser removidas cirurgicamente, e ele passou por três cirurgias, incluindo uma colostomia para ajudar na recuperação da ferida.
English ainda aguarda para desfazer o procedimento de colostomia, porém foi liberado em junho e está aos poucos retornando a sua vida normal. O antigo bombeiro pode se considerar sortudo, pois a taxa de mortalidade dessa infecção é alta. Um em cada cinco pacientes acabam não sobrevivendo.
"Fora minha estomia, estou completamente recuperado. Minha ferida está totalmente cicatrizada, embora pareça um pouco estranha por causa do enxerto de pele", concluiu ele.
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