Ex-jogador do Corinthians e Sasha Meneghel, filha de Xuxa, foram algumas das pessoas envolvidas na polêmica.
O trabalho de atores e atrizes é interpretar personagens em produções audiovisuais fictícias. No entanto, foi exposta uma situação que até parece de filme mas que aconteceu na vida real. Um ator uruguaio acabou se envolvendo em um esquema que teve um final não muito feliz. Entenda a história.
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O início da história
A empresa Forcount anunciava serviços de investimento em Bitcoins, um tipo de criptomoeda, ou seja, sistema de pagamentos digital. O empreendimento já tinha dois anos de atuação e contava com mais 30 mil investidores, entre eles Sasha Meneghel e o ex-jogador do Corinthians Jucilei.
Nas peças de anúncio, o CEO da Forcount, conhecido como Salvador Molina, aparecia para atrair mais clientes para investir na empresa.
O CEO da empresa era só um personagem
Mais recentemente, o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos começou a investigar o esquema e solicitou a ajuda da Polícia Federal brasileira, pois suspeitavam de um esquema de pirâmide. Na verdade, Salvador Molina não existia.
O suposto chefe da Forcount era Nestor Nuñez, um ator uruguaio que foi contratado para viver Salvador Molina no esquema. De acordo com a reportagem do Fantástico, o intérprete nasceu no Uruguai, mas viveu no Brasil por mais de 30 anos e por isso é fluente em português. Além da participação na empresa, ele também já atuou em produções em inglês, espanhol e português.
Consequências reais para uma situação falsa
Nestor Nuñez foi preso e atualmente está detido nos Estados Unidos. O verdadeiro diretor executivo da Forcount é Francisley Valdevino da Silva, conhecido como o Sheik do Bitcoin. Segundo a polícia de Nova York, outras pessoas envolvidas com essa empresa já participaram de outros esquemas envolvendo criptomoedas antes da Forcount.
Os agentes dos Estados Unidos descobriram problemas envolvendo Francisley Valdevino relacionados às duas empresas dele, a Rental Coins e a InterAg. Cerca de 20 endereços ligados a ele foram investigados com mandados de busca em apreensão em 2022, o que resultou na constatação de que a estrutura criminosa já teria causado o prejuízo de em torno de R$4 bilhões.
Agora, em 2024, o Departamento de Segurança dos Estados Unidos estima um prejuízo de 50 milhões de dólares, o que equivale a 280 milhões de reais. Segundo a polícia, mais de 15 mil brasileiros foram lesados pelo esquema da Forcount e esperam recuperar parte do dinheiro investido.
Por exemplo, Sasha Meneghel e o marido abriram um processo para tentar reaver R$1,2 milhão que investiram. Já Jucilei, antigo jogador do Corinthians, aplicou R$45 milhões na Forcount.
Assim como Nestor Nuñez, o "Sheik dos Bitcoins" também foi preso e é suspeito de lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraudes contra o sistema financeiro no Brasil e passa por um processo semelhante nos Estados Unidos, junto dos sócios da Forcount.
Por fim, vale ressaltar que é essencial pesquisar bastante quando tiver interesse em fazer investimentos financeiros para tentar evitar cair em esquemas como o da Forcount.
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