Cientistas descobrem nova forma de vida curiosa em lago congelado e ficam chocados.
Uma nova forma de vida foi encontrada em um lago congelado na Antártica e chocou os pesquisadores. O lago Estigma fica situado no continente mais frio e seco do mundo, e durante muito tempo os cientistas acreditaram que o lago estava completamente congelado, contudo, pesquisas na região apresentaram resultados impressionantes.
Abaixo da camada espessa de gelo que cobre o lago, os pesquisadores descobriram um ecossistema rico e próspero. Sob o gelo que cobre o lago, uma equipe de pesquisa internacional conseguiu encontrar água em estado líquido até uma profundidade de 12 metros.
A constatação foi possível através de perfurações que foram realizadas ao longo dos anos 2019 e 2020. Através disso, foram extraídas amostras da água no fundo do lago e ao se debruçarem sobre a composição do líquido, os pesquisadores puderam encontrar micro-organismos.
As bactérias que foram encontradas na água extraída do lago Enigma são pertencentes à famílias de micro-organismos dos quais se tem pouca informação, tais quais Actinomycetota e Pseudomonadota. Também foram detectadas bactérias de tamanho extraordinariamente pequeno, como a Patescibacteria, que tem como característica o seu genoma reduzido e o seu tamanho excepcionalmente pequeno, mesmo para uma bactéria.
As bactérias pertencentes à família Patescibacteria são um grupo super-bacteriano de estrutura molecular simples, mas que possuem um modo de vida parasitário para se manterem vivas. Por serem tidas como organismos simples, elas podem sobreviver em condições extremas, tais quais as que foram encontradas no lago congelado.
A descoberta dessas formas de vida em um lago que se encontra congelado a milhares de anos levantou muitas discussões. Os pesquisadores apontam que antes de ser congelado, o lago Enigma devia abrigar uma imensa variedade de formas de vida.
Ao contrário de outros lagos congelados da região antártica, o lago Enigma despertou a curiosidade dos pesquisadores por apresentar uma fonte oculta de água que o alimenta. Os cientistas responsáveis por estudar a região apontam que um glacial chamado ‘Amorphus’ pode ser o responsável por alimentar o lago.