As cordas cósmicas estão entre as mais recentes concepções do universo. Mas físicos modernos consideram que o "espaço vazio" está longe de ser um vácuo.
Redação | 27 de Dezembro de 2019 às 20:00
As cordas cósmicas estão entre as mais recentes concepções dos cosmólogos teóricos. Se existem, foram formadas na primeira fração de segundo do Big Bang, a explosão primordial que teria originado o universo.
Físicos modernos consideram que o “espaço vazio” está longe de ser um mero vácuo. É um turbilhão de energia e partículas que nascem e sobrevivem pouco tempo. Nos primeiros momentos do Big Bang, o cosmo seria um grande cadinho de energias com elevadíssimas temperaturas e pressões. As hipotéticas cordas são amostras do espaço primevo, inicial, conservadas no universo menos frenético de hoje.
Uma corda cósmica seria ou infinita, estendendo-se através do universo observável e das regiões para além deste, ou uma curva fechada de anos-luz dispostos em circunferência.
Esta corda seria tão fina que sua largura não passaria de cinco vezes o diâmetro de um átomo. Sua massa seria colossal – em média, um bilhão de toneladas por milímetro. Assim, um segmento de comprimento igual ao diâmetro da Terra teria o dobro da própria massa da Terra.
Cientistas compararam as cordas cósmicas a fitas elásticas sob enorme tensão, que perdem energia à medida que oscilam e se dobram no espaço. As cordas cósmicas se retorceriam e se entrecruzariam de tempos em tempos.
Fontes de rádio semelhantes a fios têm sido detectadas por radiotelescópios no centro da nossa galáxia. Esta radiação pode provir do gás quente que circundaria as cordas cósmicas e representaria o primeiro sinal de sua existência. Essas estranhas estruturas cosmológicas são só um exemplo das numerosas surpresas que o universo revela aos poucos aos astrônomos.