Entenda a origem do Rei Momo, personagem que simboliza o Carnaval.
Luana Viard | 25 de Janeiro de 2024 às 14:00
Uma das figuras mais emblemáticas do carnaval brasileiro é o Rei Momo! Ele é um símbolo especial na folia, sendo a majestade da festa. No Rio de Janeiro, o prefeito entrega a chave da cidade ao Rei Momo na sexta-feira de carnaval, rito que marca o início oficial da folia. Ou seja, o Rei Momo possui uma grande importância na festa.
Ficou curioso? Vamos te mostrar a origem dessa figura icônica do Carnaval e te fazer entender sua importância na folia. De maneira geral, ele é conhecido por representar a alegria, o humor e a irreverência da festa.
Como a maioria das crenças e hábitos que carregamos, tudo aponta que essa figura carnavalesca foi inspirada em um personagem da Antiguidade clássica. Na mitologia grega, a deusa Momo era a personificação do sarcasmo e da ironia, patrona de poetas e escritores.
Com um jeito único e irônico, aprontou tantas que acabou expulso do Olimpo, a morada dos deuses. Antes da era cristã, gregos e romanos incorporaram essa figura mitológica em algumas de suas comemorações, principalmente as que envolviam sexo e bebida.
Na antiguidade, sua figura era representada de máscara, com um cetro e balançando guizos! Registros antigos apontam que a figura de Momo, no gênero masculino, foi incluída em cerimônias. Entre elas estavam as festas dionisíacas, do Deus do Vinho, onde era representado com um corpanzil para representar a fartura.
Desde o século XVI encontram-se referências ao Rei Momo em celebrações cristãs na Espanha. Ele aparece também como rei da folia em diversas tradições dos séculos subsequentes em outros países da Europa ocidental.
A primeira personificação do Rei Momo no Brasil é de 1910 em uma opereta de Benjamin de Oliveira, conhecido como o primeiro palhaço negro do país, no Circo Spinelli.
Porém, somente na década de 1930 que o Rei Momo despontou com a figura carnavalesca que conhecemos na atualidade. Um cronista esportivo do jornal carioca A Noite apresentou aos carnavalescos um boneco de papelão, sugerindo que ele desfilasse pela cidade como o comandante da folia.
Após o desfile, o boneco foi colocado em um trono para reinar simbolicamente as comemorações carnavalescas daquele ano.
Diante da aceitação do público em relação ao boneco, os proprietários do jornal resolveram criar um Rei Momo de verdade. Foi escolhido o jornalista Moraes Cardoso, pela semelhança com as representações tradicionais do Rei Momo.
Vestido como um rei, o jornalista desfilou pelas ruas do Rio de Janeiro sendo saudado com muito confete, serpentina e lança-perfume. Moraes Cardoso inaugurou a tradição carioca e seu reinado momesco durou até sua morte, em 1948.
Durante o Carnaval, o Rei Momo recebe as chaves da cidade, passando a ser seu governante simbólico. Ele é escolhido para reinar sobre os foliões durante os dias de carnaval, recebendo a coroa, o cetro e a faixa que o distinguem como o líder da folia.
O papel do Rei Momo é ser o símbolo da festa, animando e incentivando os foliões a participarem da celebração. Atualmente, no Rio de Janeiro existe um concurso com uma banca com profissionais que definem o candidato ideal para a vaga.
De forma geral, ele participa de desfiles, concursos e outros eventos relacionados ao Carnaval, como em escolas de samba, blocos e trios elétricos, sendo responsável por abrir oficialmente as festividades.
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