Por conta de casos como este que não devemos acreditar em tudo que vemos nas redes sociais.
Esther Ramos | 18 de Julho de 2024 às 13:07
A condenação de Katiuscia Torres Soares a 8 anos de prisão por submeter uma mulher a tráfico humano e condições análogas à escravidão marca um contraste alarmante com sua vida anterior, vendida pelas redes sociais.
Conhecida como Kat Torres, ela ganhou popularidade na mídia com memes e teve uma carreira como atriz e modelo internacionalmente. Antes de liderar uma suposta seita religiosa, ela desfrutava de estabilidade financeira em Los Angeles. Conheça mais sobre a ex-influencer, agora condenada da justiça.
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Kat, nascida em 1992 em Belém, no começo a modelo compartilhou a origem simples de sua família no Pará com seus seguidores. Ela também questionou publicamente a necessidade de isolamento social durante a pandemia de Covid-19 através das redes sociais. Em 2017, lançou o livro "A Voz – Uma História de Superação, Crescimento Espiritual e Felicidade", passando a oferecer "tratamentos espirituais" que podiam custar até R$ 700.
Em contraste, segundo a BBC, Kat foi condenada por atrair Desirrê Freitas, de 28 anos, para os Estados Unidos com a intenção de explorá-la sexualmente. Além disso, enfrenta outra investigação devido a denúncias de outras mulheres.
Kat foi presa em outubro de 2023 ao desembarcar de um voo dos EUA com outros brasileiros deportados por irregularidades. Sua prisão foi convertida para preventiva no Brasil, e agora ela está detida em um presídio feminino em Bangu, Rio de Janeiro.
Na denúncia apresentada à Justiça Federal, o Ministério Público Federal detalha como Kat Torres teria cooptado Desirrê Freitas, submetendo-a a uma rotina de exploração degradante de abril a novembro de 2022.
Segundo os procuradores Orlando Monteiro Espíndola da Cunha e Ana Cristina Bandeira Lins, Katiuscia teria aliciado, alojado e acolhido Desirrê sob falsas pretensões, visando explorá-la em condições análogas à escravidão, incluindo jornadas exaustivas e condições de trabalho degradantes, como dançar em um clube de striptease por mais de 13 horas semanalmente, sem descanso.
A suposta vítima também teve sua imagem utilizada em anúncios de prostituição no Texas, tudo em nome da suposta divindade "A Voz", que supostamente liderava a seita de Katiuscia, com todos os lucros sendo destinados a ela.
Desirrê, anteriormente dada como desaparecida, revelou ao Globo que foi coagida por Kat Torres a se afastar de familiares e amigos, descrevendo-a como uma figura fria e calculista. Além disso, outras vítimas surgiram com relatos similares de promessas falsas de dinheiro e sucesso, explorando jovens em momentos de vulnerabilidade emocional, muitas vezes utilizando o chá alucinógeno Ayahuasca. Esses relatos foram incluídos em um inquérito conduzido pelo MPF após o caso ser transferido para a esfera federal, embora até o momento não tenha resultado em novas denúncias formais.
Uma das vítimas compartilhou sua experiência de ser abordada por Kat Torres nos Estados Unidos, onde foi inicialmente prometido um trabalho em um clube, que acabou sendo uma experiência desconfortável e inadequada. Posteriormente, ela foi obrigada a realizar serviços domésticos na casa de Torres em troca de abrigo, induzida pelas falsas promessas e pela crença na suposta clarividência de Kat.
Fontes: Fashion Bubbles e O Globo.
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