Descubra como as peles artificiais estão revolucionando os testes de cosméticos no Brasil.
Bella Assis | 22 de Março de 2024 às 07:00
Adeus, testes em animais! A pele artificial já é uma realidade e está substituindo os testes em cobaias para avaliar a segurança e eficácia de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes.
Imagine um dispositivo que se assemelha a uma fita cassete, mas em vez de armazenar música, contém tecidos humanos reconstruídos - pele, intestino e fígado. Cada um desses tecidos é alimentado por uma solução que simula a corrente sanguínea, permitindo que funcionem como miniórgãos interconectados. Esta é a essência do “body-on-a-chip” (BoC), uma tecnologia que tem sido amplamente utilizada em outros países e agora está ganhando terreno no Brasil.
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O BoC é uma solução inovadora que permite às empresas de cosméticos e farmacêuticas avaliar a toxicidade de seus produtos em desenvolvimento sem a necessidade de testes em animais. No Brasil, empresas como a Natura estão adotando essa tecnologia, que envolve a aplicação dos ingredientes a serem testados sobre a pele artificial, simulando o funcionamento do corpo humano e avaliando sua toxicidade.
Essas peles artificiais são produzidas usando tecnologia de impressão 3D e são parte de um esforço para substituir os testes em animais, proibidos no país desde 2018. Além de ser uma alternativa ética, essas peles artificiais replicam algumas funções dos órgãos reais. Por exemplo, a pele produzida em laboratório consegue formar várias camadas e reproduzir características importantes para os testes de segurança e eficácia de cosméticos.
O processo de produção dessas peles artificiais envolve a coleta de células humanas, que são então cultivadas em laboratório e misturadas com colágeno. Essa mistura é então utilizada em bioimpressoras 3D para criar estruturas tridimensionais que imitam a pele humana.
Além disso, essas peles artificiais não são apenas úteis para testar cosméticos. Elas também têm uma variedade de outras aplicações, como testar novos medicamentos e até mesmo desenvolver alimentos alternativos. No Brasil, a pesquisa nessa área está avançando rapidamente, com cientistas explorando novas maneiras de utilizar essas peles artificiais para melhorar a segurança e eficácia dos produtos de consumo.
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