A entrada para o local se perdeu, e estaria selada desde o século XVI.
No dia 12 de maio de 2023 um grupo de pesquisadores apresentou os resultados de um projeto desenvolvido na região de Mitla, parte do estado de Oaxaca no México. O trabalho em questão descobriu a existência de passagens construídas sob a Catholic Church of San Pablo.
O estudo promete ajudar a reescrever a história de Mitla e seu desenvolvimento como um sítio arqueológico.
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Como o estudo foi feito
A pesquisa, chamada de Projeto Lyoba, foi feita através da união entre o Instituto Nacional de História e Antropologia do México (INAH), a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e a Associação dePesquisa e Exploração Arqueológica (Archaeology Research and Exploration, The ARX Project).
Assim, os pesquisadores usaram três métodos geofísicos diferentes para escanear o local, incluindo Radar de Penetração no Solo, Tomografia de Resistividade Elétrica e Tomografia de Ruído Sísmico, de forma a conseguir imagens que representam o que está abaixo do solo daquela região.
O que eles encontraram
Com as imagens obtidas pelos métodos citados anteriormente, os estudiosos confirmaram a existência de túneis e câmaras abaixo da Igreja. De acordo com documentos coloniais e a tradição local, essas construções seriam a entrada do Templo de Lyobaa, construído pela população zapoteca. Somente anos depois do lugar ser abandonado é que os espanhóis teriam feito a Igreja.
Além disso, a pesquisa identificou a existência de uma grande cavidade localizada logo abaixo do altar principal e dois corredores orientados no sentido leste-oeste, que entram na cavidade principal pelo leste, a uma profundidade entre 5 e 8 metros.
O Templo de Lyobaa
Uma dessas cavernas de Mitla era considerada uma passagem para o submundo pelos povos zapotecas. Essa passagem, conhecida como Lyobaa, funcionava como um lugar para oferecer sacrifícios aos deuses do submundo, mas a entrada original do lugar foi perdida. Assim, os resultados do projeto sugerem que a cavidade encontrada abaixo do altar seria a passagem para Lyobaa, que permaneceu selada desde o século XVI.
Ainda na mesma nota divulgada à imprensa, a equipe expressou o plano de dar continuidade às pesquisas e o desejo de conseguir imagens de maior qualidade. Confira mais detalhes do Projeto Lyobaa.
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