De acordo com a lista do MTE, seis trabalhadores foram identificados em situações semelhantes à escravidão na propriedade do sertanejo
O cantor Leonardo foi adicionado pelo governo à “lista suja” de trabalho escravo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O documento esclarece que a inclusão do artista se deve a uma fiscalização realizada na Fazenda Talismã, situada em Jussara, na região noroeste de Goiás.
A lista, atualizada nesta segunda-feira (7/10), inclui 176 nomes de empregadores, entre os quais está Leonardo, que expuseram trabalhadores a condições semelhantes à escravidão. O documento também revelou que, na Fazenda Talismã, seis trabalhadores foram identificados em situações análogas à escravidão.
Condições dos trabalhadores na propriedade do artista
Os fiscais constataram que, na propriedade do artista, avaliada em R$ 60 milhões, seis trabalhadores, entre eles um adolescente de 17 anos, estavam em "condições degradantes".
Com acesso a informações do documento, o jornal O Globo informou que os funcionários dormiam em uma casa abandonada nas proximidades, sem acesso a água potável e banheiro. As camas eram feitas de tábuas de madeira e galões de agrotóxicos. O local ainda estava infestado de insetos e morcegos e emitia um "odor forte e desagradável".
Assessoria do cantor se pronuncia
A assessora do cantor informou ao portal G1 que o caso foi analisado e diz respeito a uma área da fazenda que estava arrendada para uma pessoa que realizava o cultivo de soja. Ela também afirmou que o cantor não tinha conhecimento das práticas de trabalho escravo.
“Não é do Leonardo. O Ministério do Trabalho fez esse processo e o Leonardo se defendeu com todas as provas”, explica a assessora.
Ação judicial
O músico deve protocolar uma ação para entender os motivos da inclusão de seu nome na lista de trabalho escravo, uma vez que os trabalhadores já teriam sido, inclusive, indenizados. "Ele não faria nada errado. Leonardo não foge da Justiça. Parece que houve um lapso dos advogados", revelou uma fonte próxima ao cantor.
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