Sem dados de números de feridos, terremoto de magnitude 4.4 atingiu a cidade de Los Angeles. Entenda tudo sobre o caso.
Terremotos, como o recente ocorrido em Los Angeles, são fenômenos naturais que despertam curiosidade e preocupação em todo o mundo. Esses eventos sísmicos resultam do movimento das placas tectônicas que compõem a crosta terrestre, liberando energia acumulada de forma abrupta.
Mas o que exatamente causa esses tremores e como é medida a força dos terremotos? Entender os fatores por trás de um terremoto e as técnicas utilizadas para quantificar sua magnitude é essencial para compreender melhor esses poderosos eventos naturais que podem impactar significativamente regiões inteiras. Por isso, vamos explicar como a força de cada terremoto é calculada, porque eles acontecem e o que aconteceu em Los Angeles.
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Por que terremotos acontecem na costa da Califórnia?
Cada vez que a Califórnia registra um terremoto, surge a pergunta: estamos mais próximos do "The Big One"? Esse megaterremoto, temido por muitos, pode ocorrer a qualquer momento devido à falha de San Andreas, uma enorme rachadura resultante do movimento de duas placas tectônicas que trazem instabilidade sísmica à região.
A Califórnia é uma das áreas mais propensas a terremotos no planeta, já que está situada sobre diversas rachaduras na crosta terrestre, onde as placas tectônicas se encontram e se movimentam.
San Andreas é a maior e mais perigosa dessas rachaduras, delimitando as placas tectônicas norte-americana e do Pacífico. O atrito entre essas placas é responsável por frequentes tremores na Califórnia, como o devastador terremoto de 1906 em São Francisco, que causou a morte de mais de 3 mil pessoas.
A parte sul da falha, que não produz abalos há cerca de 300 anos, é motivo de grande preocupação, pois pode estar acumulando tensão para um grande terremoto.
Simulações indicam que um tremor de magnitude 7,8 poderia causar uma ruptura no sul da Califórnia, afetando Los Angeles e provocando a morte de 2 mil pessoas, além de deixar mais de 50 mil feridos. Estima-se que 1% dos imóveis em uma área de 10 milhões de habitantes seriam destruídos, com danos materiais superiores a 200 bilhões de dólares. Cientistas alertam que a falha de San Andreas está "carregada e pronta" para provocar um grande terremoto, e é apenas uma questão de tempo.
Como é medida a força de um terremoto?
Os cientistas usam a "escala de magnitude de momento" para medir a força dos terremotos, substituindo a antiga "escala Richter". Essa escala é baseada no "momento sísmico", que considera o deslocamento da crosta terrestre, o tamanho da área afetada e a força necessária para superar o atrito durante o tremor.
Quanto maior o atrito e o deslocamento, maior será a magnitude do terremoto. As ondas sísmicas geradas são medidas por sismógrafos, que registram os tremores em sismogramas. A escala de magnitude é classificada em 10 números, onde cada aumento representa 32 vezes mais energia liberada.
Além disso, a intensidade de um terremoto é avaliada pela "Escala Mercalli Modificada" (MMI), que mede a força do tremor em locais específicos, considerando fatores como danos estruturais e relatos de observadores. A escala MMI utiliza algarismos romanos para indicar a intensidade, levando em conta a profundidade, localização e outros fatores que influenciam o impacto do terremoto.
Terremoto de Los Angeles
Um terremoto de magnitude 4,4 atingiu Los Angeles nesta segunda-feira (12), conforme informado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos. Inicialmente registrado como 4,7, a intensidade foi posteriormente revisada.
O tremor ocorreu a 12 km de profundidade, sob áreas densamente povoadas, e foi muito sentido pela população, apesar de sua intensidade moderada. Tremores entre 4 e 5 na escala Richter geralmente causam apenas abalos leves sem grandes danos.
O Centro Alemão de Pesquisa em Geociências (GFZ) também registrou um terremoto na região sul da Califórnia, com magnitude de 5,04. Recentemente, outros terremotos, como os de magnitudes 4,9 e 5,2, também ocorreram na área, respectivamente, em 29 de julho e 6 de agosto.
Fontes: BBC, CNN e CNN Brasil.