Após acidente em Vinhedo (SP) o medo de viagens aéreas pode aumentar. Por isso, dicas podem te deixar mais seguro.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), anunciou nesta sexta-feira (9) que todos os ocupantes do avião da Voepass que caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, faleceram, conforme noticiado pela TV Bandeirantes.
Mais cedo, a Prefeitura de Valinhos divulgou um comunicado informando que não houve sobreviventes na queda da aeronave da companhia aérea na cidade vizinha de Vinhedo, e que está colaborando em uma operação conjunta no local.
Casos trágicos como esse podem gerar questionamentos sobre como aumentar as chances de sobreviver em um acidente aéreo. Vamos te mostrar dicas de especialistas para sobreviver em quedas de avião.
Chances de sobrevivência
Os avanços tecnológicos recentes já resultaram em aproximadamente 90% de sobrevivência nas colisões de avião. E as chances de sair ileso de um acidente desse tipo aumentam significativamente se algumas precauções básicas forem seguidas.
"A idéia de que se houver um acidente todos vão morrer vem do fato de que a mídia só nos bombardeia com tragédias e não com as histórias bem-sucedidas", afirma o professor Ed Galea, da Universidade de Greenwich, em Londres.
"Isso é muito perigoso porque faz com as que as pessoas desistam de tomar medidas que podem aumentar suas chances de sobrevivência no caso de um acidente.", explicou o profissional.
Apenas um em cada dez acidentes aéreos resulta em nenhuma sobrevivência. Nos outros casos, as chances de um passageiro sobreviver são superiores a 70%.
Atenção nos assentos
Um estudo realizado pela Universidade de Greenwich revelou que a maioria dos sobreviventes de acidentes aéreos estava sentada a até sete fileiras de distância da saída de emergência mais próxima.
Prefira um assento no corredor, ou, se possível, na primeira classe ou executiva, onde há menos passageiros e mais espaço também facilitaria a evacuação da aeronave em caso de emergência.
No entanto, Galea destaca que, mesmo que o passageiro esteja sentado em outra parte do avião, ele pode adotar algumas medidas simples para aumentar suas chances de sobrevivência.
A primeira medida é contar o número de assentos até as saídas de emergência mais próximas e planejar suas ações em caso de um acidente. Assim, seria possível evacuar o avião mesmo que ele esteja cheio de fumaça e os sinais de orientação não sejam visíveis.
Instruções de segurança
Outra medida essencial é prestar atenção às instruções de segurança e lembrar-se de como desafivelar o cinto de segurança.
"Quando estão nervosas, as pessoas tendem a achar que os cintos de segurança dos aviões funcionam como os dos carros e tentam apertar um botão que não existe", aponta o profissional.
Decolagem e a aterrissagem
O estudo também revela que a maioria dos acidentes aéreos ocorre durante a decolagem e o pouso. Por isso, é recomendável estar calçado nesses momentos, pois isso tornaria mais fácil evacuar a aeronave, caso seja necessário caminhar entre os destroços.
Famílias juntas
Ed Galea também recomenda que as famílias viajem juntas. Em caso de acidente, é comum que as pessoas tentem se reunir com seus familiares antes de deixar o avião, o que pode atrasá-los ou levá-los a ir contra o fluxo dos outros passageiros.
"A família deve ter um plano. Por exemplo, a mãe pode ficar responsável por levar um dos filhos e o pai, o outro. Eles podem combinar de se dirigir a saídas diferentes ou à mesma. O importante é planejar com antecedência o que se vai fazer em caso de emergência", indica o especialista.
Embora Ed Galea enfatize que todos esses cuidados são importantes, ele também ressalta que o avião continua sendo um dos meios de transporte mais seguros, e as chances de um passageiro enfrentar uma dessas situações são muito baixas.
Fontes: BBC Brasil, Folha de São Paulo e Brasil 247.