Bactéria conta com defesa incrível para se proteger de níveis estratosféricos de radiação e deixa cientistas esperançosos com descoberta.
Pesquisadores encontraram uma bactéria chamada Deinococcus que pode sobreviver a níveis extremos de radiação. A descoberta representa muito para a ciência devido ao motivo pelo qual esse micro-organismo consegue aguentar esses níveis elevados de radiação: a presença de um antioxidante.
Através da descoberta, os cientistas esperam que seja possível implementar melhorias na saúde humana e inclusive proteger astronautas durante a exploração espacial. Segundo os pesquisadores, o antioxidante é formado por um grupo de moléculas chamadas metabólicos, que incluem manganês, fosfato, peptídeos ou aminoácidos.
“Há muito sabemos que íons de manganês e fosfato juntos formam um forte antioxidante, mas descobrir e entender a potência ‘mágica’ fornecida pela adição do terceiro componente é um avanço. Este estudo forneceu a chave para entender por que esta combinação é um radioprotetor tão poderoso — e promissor”, declarou Brian Hoffman, co-autor do estudo à imprensa internacional.
Para chegar nesse resultado, os pesquisadores mediram a quantidade de antioxidantes presentes na bactéria a fim de determinar o quanto de radiação a bactéria seria capaz de suportar. Tanto quando seca quanto congelada, a Deinococcus pode sobreviver a quantidade impressionante de 140.000 grays, valor 28.000 vezes maior do que a quantia necessária de radiação para matar um ser humano.
A pesquisa também aponta que a junção tríplice de manganês, fosfato e do peptídeo DP1 que é nomeada de ‘MDP’ é capaz de proteger as células e proteínas da bactéria contra os danos radioativos de forma certeira.
A presidente de exobiologia da Universidade de Orleans na França, Tetyana Milojevic, falou acerca do estudo: “Este novo entendimento do MDP poderia levar ao desenvolvimento de antioxidantes à base de manganês ainda mais potentes para aplicações em saúde, indústria, defesa e exploração espacial”.
Os pesquisadores ainda afirmam ter esperanças de que no futuro, o MDP seja utilizado como um radioprotetor simples, eficaz e não tóxico.