Estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas concluiu que duas cidades do Brasil podem ser engolidas pelo mar até 2050.
Luana Viard | 20 de Agosto de 2024 às 15:40
Um estudo divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) indicou que, devido ao aumento constante do nível do mar, 10 cidades correm o risco de serem submersas até 2050. Entre as cidades mencionadas na lista estão Santos e Rio de Janeiro.
Com base em dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e do Climate Impact Lab (CIL), as situações mais alarmantes estão concentradas na América Latina, no Pacífico, no Caribe e nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento.
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De acordo com o estudo, as mudanças ocorrem devido às alterações climáticas e às inundações permanentes, que têm afetado intensamente as regiões costeiras, geralmente conectadas aos centros sociais e econômicos. Isso não apenas causaria danos às infraestruturas, mas também afetaria o desenvolvimento humano em escala global.
A projeção é de que 5% dos moradores de áreas litorâneas sejam atingidos. "Até 2050, as projeções mostram que centenas de cidades costeiras altamente povoadas estarão expostas a um maior risco de inundações, incluindo terras onde vivem cerca de 5% da população de cidades costeiras, incluindo Santos, no Brasil, Cotonou, no Benim, e Calcutá, na Índia", afirmou a ONU, em nota.
Para além das cidades de Santos e Rio de Janeiro, outras 8 estão na lista e podem sumir com o mar:
Com uma população de 418.608 habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2022, Santos possui aproximadamente 20.930 pessoas que vivem em áreas de risco de inundação devido à elevação do nível do mar. A prefeitura municipal informou que está implementando diversas ações para mitigar os impactos dessa problemática.
Caso as emissões de gases do efeito estufa não sejam reduzidas, 10% das áreas costeiras das cidades mencionadas podem estar submersas até 2100.
Visando combater a erosão costeira, a Prefeitura de Santos, em parceria com a Universidade de Campinas, implementou em 2018 uma solução inovadora na Ponta da Praia. A iniciativa consistiu na instalação de uma barreira submersa, formada por 49 grandes sacos de geotêxtil preenchidos com areia, totalizando 275 metros de extensão.
De acordo com os dados coletados pela prefeitura, a área protegida pelos geobags apresenta um acúmulo progressivo de sedimentos, indicando a eficácia da medida. "O trabalho prossegue, gerando mais informações. No momento, estudos estão sendo feitos para a ampliação das barreiras", informou a prefeitura da cidade. A tecnologia utilizada é sustentável, de baixo custo e fácil manutenção, alinhada com os princípios da preservação ambiental.
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