A NASA revisou suas análises e elevou a chance de colisão do asteroide 2024 YR4 para 2,6%, o maior risco já registrado
A NASA atualizou suas análises e elevou a probabilidade de um asteroide colidir com a Terra em 2032. O asteroide 2024 YR4, identificado em dezembro de 2024, agora tem uma chance de impacto de 2,6%, o que equivale a uma em 38 – o maior risco já registrado para um objeto desse tamanho. A Agência Espacial Europeia (ESA) também revisou seus cálculos, apontando um risco semelhante, de 2,41%.
Desde que foi descoberto, o 2024 YR4 vem sendo acompanhado por telescópios ao redor do mundo, enquanto especialistas refinam suas previsões sobre sua trajetória. Com um diâmetro estimado entre 40 e 90 metros, caso colida com a Terra, poderá liberar uma energia equivalente a 7,7 megatoneladas de TNT, potência suficiente para destruir uma cidade inteira.
Onde o asteroide pode cair?
Se o 2024 YR4 de fato estiver em trajetória de colisão, os especialistas precisarão definir com precisão o ponto de impacto, um dado crucial para estimar os possíveis danos. Até o momento, as pesquisas sugerem que a área de risco abrange nações como Índia, Paquistão, Bangladesh, Etiópia, Sudão, Nigéria, Venezuela, Colômbia e Equador. Com os estudos em constante atualização, há a possibilidade de a humanidade encontrar uma maneira de evitar um desastre cósmico.
Previsões e dimensões do asteroide
Os cientistas seguem atualizando as estimativas de impacto, que inicialmente eram de 1 em 83, passando para 1 em 67, depois 1 em 53, 1 em 43 e, mais recentemente, 1 em 38. No entanto, apesar do aumento progressivo isso não significa que o asteroide atingirá a Terra.
"Apenas porque a probabilidade aumentou na última semana, não significa que continuará subindo", revelou Hugh Lewis, cientista da Universidade de Southampton, ao New Scientist.
Apessar disso, um novo desafio surge: em abril, o asteroide 2024 YR4 ficará posicionado atrás do Sol, tornando sua observação inviável para a maioria dos telescópios terrestres.
ndia, Paquistão e Bangladesh são lugares que podem ser atingidos. (Reprodução / Nasa / Contigo)
"Qualquer observação feita antes disso ajudará a refinar sua órbita e a melhorar as previsões", explicou Lewis. A próxima janela de observação do asteroide só ocorrerá em 2028, o que pode dificultar previsões exatas até lá.
Os pesquisadores confiam em equipamentos de ponta, como o Telescópio Espacial James Webb, para obter dados sobre a estrutura e densidade do asteroide. "Isso vai nos ajudar a decidir o que fazer a respeito, porque um asteroide rochoso é muito diferente de um com alta concentração de ferro", destacou Lewis.
Asteroides compostos por rocha tendem a se desintegrar antes de alcançar a superfície, enquanto aqueles formados por materiais densos e metálicos representam um risco muito maior, pois podem liberar uma quantidade de energia consideravelmente superior no impacto.