O diálogo com a criança ou adolescente, bem como o contato com professores, são essenciais para entender a situação.
Carol Peres | 2 de Abril de 2025 às 16:13
O bullying é uma forma de intimidação caracterizada por ações verbais ou físicas de forma intencional e repetitiva. Embora possa acontecer na vida adulta, em ambientes de trabalho, por exemplo, o bullying é mais comum durante a infância e a adolescência.
A perseguição pode ter consequências graves, de forma a provocar ansiedade, depressão e outros transtornos psicológicos. Nesse sentido, é comum que as vítimas apresentem certos comportamentos, que permitem que os responsáveis identifiquem quando uma criança ou adolescente está sofrendo bullying.
Ao perceber mudanças de humor ou danos em materiais e uniformes, é importante que os familiares acolham o estudante e adotem algumas medidas para lidar com o problema.
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Podem existir casos de conflitos entre estudantes que não são realmente bullying, portanto os responsáveis devem se certificar do que vem acontecendo na escola. Esse é o primeiro passo para tomar uma atitude.
"Vítimas de bullying costumam apresentar mudanças comportamentais perceptíveis tanto para pais quanto para educadores", explica declara Benjamim Horta, diretor-geral da Abrace - Programas Preventivos e fundador do Programa Escola Sem Bullying.
Crianças que sofrem bullying tendem a se afastar do convívio social, evitar conversas sobre o ambiente escolar, evitar contato visual e apresentar alterações no humor. Assim, baixa autoestima, tristeza repentina, crises de choro sem motivo aparente, irritabilidade e comporamentos agressivos são frequentes. Observe também a queda no rendimento escolar.
É possível que dores de cabeça, mudanças no apetite, mãos suadas, náuseas, vômitos e dores abdominais aconteçam em decorrência do bullying. Entretanto, os maiores sinais de alerta são hematomas e machucados.
Marcas no corpo, como roxos, arranhões ou cortes, sem que a criança consiga justificar de maneira convincente, podem ser um alerta importante de que ela está sofrendo agressões na escola.
Se a criança demonstra medo, inventa desculpas para não frequentar as aulas ou apresenta queixas físicas recorrentes, como dores de cabeça ou de estômago sem causa aparente, isso pode ser um sinal de que algo está acontecendo no ambiente escolar.
Perceber que a criança está constantemente com objetos escolares quebrados, desaparecidos ou danificados pode indicar que ela está sendo alvo de agressões ou intimidações. O mesmo vale para manchas e rasgos no uniforme sem explicação clara.
É indispensável construir uma relação de confiança e acolhimento com a vítima, dando abertura para o diálogo honesto. Além de conversar com a criança ou adolescente, você deve estar em contato com professores e conhecidos que possam informar sobre o comportamento da criança. Dessa forma você consegue entender a dimensão da situação.
Quando o bullying for confirmado, é importante registrar e formalizar o caso com a escola e manter o diálogo. Caso necessário, não deixe de acionar as autoridades responsáveis. Se você tiver alguma dúvida, vale ler o site Abrace - Programas Preventivos, uma iniciativa de combate ao bullying.
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