Grandes redes sociais podem pagar multas altas se não cumprirem a nova decisão
Luana Viard | 28 de Novembro de 2024 às 18:54
Nesta quinta-feira (28), a Austrália sancionou uma lei inédita que impede menores de 16 anos de acessarem redes sociais, estabelecendo uma das restrições mais rigorosas globalmente para afastar adolescentes de plataformas como Facebook, Instagram e X.
Essa é a medida mais severa adotada globalmente até o momento para enfrentar um problema que levou outros países a implementarem restrições, sem, contudo, responsabilizar as empresas por descumprirem uma proibição nacional.
“Traçamos uma linha na areia. O enorme poder das big techs não pode mais permanecer sem controle na Austrália”, disse a senadora liberal Maria Kovacic disse quinta-feira antes da votação.
Conforme a nova legislação, as grandes empresas de tecnologia precisarão adotar “medidas razoáveis” para barrar o acesso de menores de idade às redes sociais, sob pena de multas que podem chegar a 50 milhões de dólares australianos (aproximadamente R$ 193 milhões).
As contas de todas as crianças menores de 16 anos em redes sociais sujeitas à proibição serão desativadas. Embora pais e filhos não sejam punidos por violar a regra, as empresas deverão demonstrar que adotaram medidas adequadas para impedir o acesso de usuários menores de idade.
As gigantes da tecnologia, estarão sujeitas a multas de até 50 milhões de dólares australianos (aproximadamente R$ 194 milhões) por descumprimento da nova lei do país.
Anthony Albanese, primeiro-ministro de centro-esquerda e candidato à reeleição no próximo ano, defendeu a nova lei durante sua campanha e fez um apelo aos pais para que a apoiem.
O primeiro-ministro descreveu as redes sociais como “uma plataforma para a pressão dos pares, uma causa de ansiedade, um canal para os burlões e, pior do que tudo, uma ferramenta para os predadores em linha”.
Uma pesquisa conduzida pela YouGov neste mês revelou que 77% dos australianos são favoráveis à proibição para menores de 16 anos. O levantamento, realizado na segunda quinzena do mês, consultou 1.515 pessoas e apresentou uma margem de erro de 3,2%. Com a aprovação da lei, é esperado que haja uma consulta antes de o governo definir a data para a desativação.
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