No Twitter, o atleta afirmou que a omissão do presidente do campeonato o iguala aos agressores
No último domingo (21), o jogador brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid, foi mais uma vez vítima de ataques racistas. Durante partida válida pela La Liga, o campeonato nacional da Espanha, a torcida do Valencia, time adversário ao de Vinicius, entoou gritos de "macaco" direcionados ao atacante. Esta é a décima vez que o brasileiro é vítima de racismo na Europa, de acordo com o site do jornal BBC.
Leia também: Descubra a doença que matou o jogador Alex Alves e foi mantida em segredo por anos.
No decorrer do segundo tempo, Vinicius Junior direcionou-se à torcida do Valencia, localizada atrás do gol, e apontou para torcedores que estavam o chamando de "macaco" e imitando gestos animalescos. A partida então foi paralisada, e o sistema de som do Estádio Mestalla, em Valencia, notificou que só retornaria após a interrupção dos cânticos racistas.
Depois de 8 minutos de pausa, o jogo foi reiniciado. Já nos acréscimos, o atacante do Real Madrid discutiu com o goleiro Giorgi Mamardashvili, e foi vítima de uma mata-leão deferido por Hugo Duro, ambos jogadores do Valencia. Na tentativa de desviar da agressão de Hugo, Vinicius Junior acabou atingindo o rosto do adversário, e foi o único expulso da partida.
Em seu Instagram, o brasileiro se pronunciou: "O prêmio que os racistas ganharam foi minha expulsão! Não é futebol, é La Liga!".
"Não foi a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira. O racismo é o normal na La Liga. A competição acha normal, a Federação também e os adversário incentivam", disse o atleta em outra publicação.
No Twitter, Vinicius postou o mesmo texto, e foi respondido por Javier Tebas Medrano, presidente da La Liga, que acusou o atleta de não comparecer às reuniões agendadas para debater o racismo no campeonato. O jogador do Real Madrid então se defendeu: "Mais uma vez, em vez de criticar racistas, o presidente da LaLiga aparece nas redes sociais para me atacar (...) Omitir-se faz com que você se iguale a racistas. Não sou seu amigo para conversar sobre racismo. Quero ações e punições. Hastag não me comove".