A história moderna do movimento LGBT teve seu boom na Rebelião de Stonewall. A rebelião teve início em Nova York, no fim da década de 1960.
A história moderna do movimento LGBT teve seu boom na Rebelião de Stonewall, em Nova York, no fim da década de 1960, após, no mínimo, duas décadas de um sistema jurídico anti-homossexuais.
A rebelião aconteceu quando um grupo de pessoas LGBTs impediu a entrada de policiais no bar Stonewall Inn, e isso deu início a um grande ato político que se mantém até hoje.
Como foi a Rebelião de Stonewall?
Batidas policiais em bares gays eram algo muito comum na década de 1960 nos Estados Unidos. Em Nova York, o bar Stonewall Inn, localizado no Greenwich Village, era conhecido por receber pessoas marginalizadas e pobres da comunidade LGBT.
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Lá, a frequência era de homens gays mais afeminados, mulheres trans e travestis, drag queens, mulheres lésbicas mais masculinizadas e pessoas negras LGBTs. Na noite do dia 28 de junho de 1969, em uma batida policial, a situação saiu de controle e se tornou uma grande rebelião.
Uma multidão foi se unindo contra a batida policial e as tensões entre a polícia e os revolucionários se tornaram ainda maiores. A revolta, que foi grande naquela noite, voltou a se repetir na noite seguinte e em muitas outras noites adiante.
Ainda havia muito o que se conquistar, mas a rebelião de Stonewall conseguiu reunir esse grupo, há tempos marginalizado. A partir daquele momento, criaram-se grupos de apoio e luta pelos direitos da população LGBT em Nova York; e, depois, em outros lugares dos Estados Unidos e do mundo.
A primeira Parada do Orgulho LGBT
Após um ano da Rebelião de Stonewall, as pessoas LGBTs voltaram às ruas para comemorar o acontecimento. Essa volta às ruas é considerada a primeira Parada do Orgulho LGBT, que, à época, levou o nome de Marcha da Libertação Gay. Com o tempo, as paradas foram se repetindo em novos lugares, e hoje são realizadas em praticamente todo o mundo.
O evento tem como objetivos reforçar a importância da luta já realizada e buscar por direitos iguais. A Parada do Orgulho LGBT busca o fim da descriminação e a punição para os que ainda a comentem.
Marsha P. Johnson e sua importância em Stonewall
O principal nome da rebelião de StoneWall é o de uma travesti preta, Marsha P. Johnson, que esteve na linha de frente da rebelião. Foi a fundadora da Frente de Libertação Gay, primeiro grupo de luta, criado após Stonewall.
Com sua amiga Sylvia Rivera fundou também o STAR, Street Transvestite Action Revolutionaries, uma organização voltada para os cuidados de pessoas trans e travestis. A organização dava abrigo, comidas e roupas para essas pessoas que viviam nas ruas.
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Stonewall: onde o orgulho começou
2015| 2h 9m| Drama/Filme histórico
Uma história de ficção, baseada na Rebelião de Stonewall, conta a história de um adolescente que começa a descobrir novas questões políticas um pouco antes desse acontecimento histórico.
A morte e a vida de Marsha P. Johnson
2017| 1h45| Documentário
O documentário conta a história de Marsha P. Johnson, uma das maiores ativistas pelos direitos LGBTs. Assista aqui.
As lutas pelos direitos das pessoas homossexuais não possuem uma data, já que a homossexualidade existe há tanto tempo quanto a humanidade. Mas a rebelião de Stonewall pode ser considerada uma virada de chave. Um marco na luta moderna, pois o acontecimento mudou a forma de lutar e fez com que outros comportamentos também começassem a se transformar.