Os números de atentados violentos em instituições de ensino no país tem aumentado e seguem padrões. Relembre outros ataques em escolas no Brasil!
Rafaella Gazzaneo | 27 de Março de 2023 às 16:00
Na manhã desta segunda-feira (27), um adolescente de 13 anos esfaqueou quatro professores e um aluno dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, na zona oeste de São Paulo. A morte de uma professora, identificada como Elisabeth Tenreiro, foi confimada.
O agressor é do 8º ano do ensino fundamental e foi apreendido no local. O alvo principal do autor do ataque era um estudante com quem teria brigado na semana passada, mas esse colega não estava no local. Infelizmente, o caso se soma a uma lista extensa de ataques em escolas no Brasil.
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Segundo o instituto Sou da Paz, nos últimos 20 anos o Brasil registrou 12 ataques em escolas. O episódio com o maior número de vítimas ocorreu em 2011 e ficou conhecido como o "Massacre de Realengo". Confira outros atentados violentos em instituições no país!
Em levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz, foi apontado que o Brasil registrou 12 ataques em escolas nos últimos 20 anos. Em todos os casos, os assassinos eram alunos, ex-alunos ou funcionários da instituição de ensino atacada. Reunimos os 14 casos mais marcantes de atentados em escolas no Brasil, confira!
Em outubro de 2002, um aluno de 17 anos atirou contra duas colegas de classe da escola particular Sigma, localizada no bairro Jaguaribe, em Salvador (BA). Elas ficaram feridas e ele foi convencido, pelo irmão mais velho ,a se entregar para a polícia enquanto ameaçava tirar a própria vida na quadra do colégio.
Em janeiro de 2003, um homem de 18 anos atacou a Escola Estadual Coronel Benedito Ortiz, em Taiúva, interior de São Paulo. Ele portava um revólver calibre 38 e 1 punhal. No ataque, 5 alunos, um caseiro, uma zeladora e uma professora da instituição ficaram feridos e infelizmente um dos estudantes atingidos ficou paraplégico. Investigações apontaram que ele sofria bullying quando era aluno da escola.
O episódio ocorreu em abril de 2011, na Escola Municipal Tasso de Silveira em Realengo - RJ. Considerado um dos maiores massacres escolares do país, o agressor era um ex-aluno de 23 anos. Ele deixou 11 crianças mortas e 12 feridas e se suicidou logo depois.
Em setembro de 2011, um estudante de 10 anos atirou contra uma professora na escola municipal Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, região metropolitana de São Paulo. O estudante usou um revólver calibre 38. Em seguida, ele atirou contra a própria cabeça e morreu no hospital. Felizmente, a docente sobreviveu.
Em abril de 2012, dois adolescentes, de 16 e 13 anos, invadiram a escola estadual Enéas Carvalho no Centro de Santa Rita, em João Pessoa. O alvo da dupla era um adolescente de 15 anos e outras duas vítimas foram atingidas por estarem próximas ao estudante. Felizmente, todos sobreviveram e apenas 3 alunos ficaram feridos.
Em outubro de 2017, o vigia de 50 anos de uma creche municipal de Janaúba - MG jogou gasolina no próprio corpo e em crianças e em seguida ateou fogo. O crime resultou na morte de 7 crianças de 4 anos e uma professora, Helley Abreu Batista, de 43 anos. O assassino morreu horas depois do crime.
Em outubro de 2017, um adolescente de 14 anos e aluno do 8º ano do Colégio Goyazes levou para a escola a pistola ponto 40 da mãe e disparou contra os colegas. Ele era filho de policiais militares e teve acesso às armas dos pais em casa. No caso, 2 estudantes foram mortos e outros 4 ficaram feridos. Segundo colegas, o assassino sofria bullying.
Em setembro de 2018, dois alunos do Colégio Estadual João Manoel Mondrone, em Medianeira, no Paraná, entraram na escola e atacaram seus colegas de classe. No ataque, 2 alunos foram atingidos por disparos, um deles ficou em estado grave, mas sobreviveu. Felizmente, ninguém morreu e os atacantes foram presos.
Neste episódio, um adolescente e um homem encapuzados atacaram a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP). Eles mataram oito pessoas, entre elas cinco alunos e duas funcionárias do colégio. Em seguida, um dos assassinos atirou no comparsa e, então, se suicidou.
Em novembro de 2019, um aluno que estava matando aula, pulou o muro da escola Escola Estadual Orlando Tavares, na zona rural de Caraí. Ele disparou contra dois alunos de 17 anos, que ficaram feridos. A Polícia Militar disse que o criminoso, que também tem 17 anos, foi apreendido.
Em setembro de 2022, um adolescente de 14 anos invadiu a escola com um revólver calibre 38, duas armas brancas e, aparentemente, uma bomba caseira e matou a cadeirante Geane da Silva Brito, que tinha 19 anos e estudava na instituição.Não há informações sobre a motivação do crime.
Neste episódio, 3 pessoas morreram e 11 ficaram feridas em dois ataques a duas escolas de Aracruz, no Espírito Santos. Os ataques aconteceram na Escola Darwin, da rede particular, e na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Primo Bitti.
Neste episódio, um adolescente de 15 anos atirou em 3 alunos dentro da sala de aula, em Sobral, Ceará. Um morreu e dois ficaram feridos. Conforme depoimento do adolescente, o ataque teria sido premeditado após ele ser vítima de bullying.
Neste caso, um jovem de 22 anos invadiu uma escola do interior de Ipaussu (SP) e esfaqueou duas professoras e fazer outra de refém. Conforme detalhado no Boletim de Ocorrência, a motivação do crime foi vingança contra a diretora da escola, com quem o autor do crime teve problemas em anos anteriores.
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