Tire a sua dúvida de uma vez por todas e aprenda quando usar a palavra certa.
"Que" e "quê" são palavras que frequentemente causam confusão quanto ao seu uso correto na língua portuguesa. Embora pareçam similares, elas desempenham funções distintas dependendo do contexto em que são empregadas.
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Saiba quando usar!
Quando usar "que"
1. Pronome Relativo: "Que" é frequentemente utilizado como pronome relativo, que introduz uma oração subordinada e faz a conexão entre duas ideias na mesma frase. Exemplos:
- O livro que comprei ontem é muito interessante.
- A casa que fica na esquina foi reformada.
2. Conjunção Subordinativa Integrante: "Que" também pode ser uma conjunção subordinativa integrante, introduzindo uma oração subordinada substantiva que funciona como sujeito, objeto direto ou objeto indireto. Exemplos:
- É importante que você chegue cedo.
- Percebi que ele estava nervoso.
3. Conjunção Coordenativa Explicativa: Em alguns casos, "que" pode atuar como conjunção coordenativa explicativa, introduzindo uma explicação ou justificativa para a ideia anterior. Exemplo:
- Ele chegou tarde, que o trânsito estava congestionado.
Uso de "Quê":
1. Substantivo: "Quê" é utilizado como substantivo em contextos específicos, significando dúvida, perplexidade ou questão. Exemplos:
- Ele não disse um só quê durante a reunião.
- Não entendi o quê da sua decisão.
Saber como diferenciar
- Acentuação: A principal diferença entre "que" e "quê" está na acentuação. "Que" sem acento é utilizado na maioria das situações como pronome relativo ou conjunção subordinativa. Já "quê", com acento circunflexo no final, é empregado como substantivo, indicando uma interrogação ou incerteza.
- Contexto: Para escolher entre "que" e "quê", é importante considerar o papel que a palavra desempenha na frase. Se ela introduz uma ideia, conecta frases ou funciona como conjunção, deve-se usar "que". Quando aparece como um substantivo, indicando uma pergunta implícita ou questão, usa-se "quê".
Fonte: PERINI, M. A. Gramática do português brasileiro São Paulo: Parábola Editorial, 2010.