Chega de notícias ruins! Coisas boas também acontecem o tempo todo. Confira nossa seleção de 5 boas novas para levantar seus ânimos.
Rayane Santos | 11 de Dezembro de 2021 às 11:00
Em nosso dia a dia, somos constantemente bombardeados por notícias ruins. De fato, muitas desgraças ocorrem a todo o tempo ao redor do mundo: doenças, violências, pobreza e mais. No entanto, isso não é tudo. Existem também muitas boas novas a serem anunciadas. Coisas boas também acontecem o tempo todo. Confira a seguir nossa seleção de 5 boas notícias para levantar seus ânimos.
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O arquiteto Eugen Vaida cresceu numa época tumultuada na Romênia. Depois de décadas de comunismo, a transição para a sociedade de livre mercado causou desespero econômico. Quando tinha 16 anos, em meados da década de 1990, ele viu frotas de carros cheios de móveis antigos, cerâmica e roupas tradicionais saindo do país para vender tudo em outro lugar. Horrorizado com essa pilhagem da herança de seu país, mais tarde ele e o irmão começaram a recolher ou comprar todos os objetos de valor que encontrassem.
Desde então, Vaida expandiu muito sua missão e a transformou no trabalho de sua vida. Em 2016, ele fundou a Ambulância para Monumentos, começando com um caminhão cheio de ferramentas que percorria a Romênia consertando, com a ajuda de voluntários, prédios e monumentos históricos abandonados. Cinco anos depois, Vaida tem sete caminhões, 500 voluntários e salvou 60 estruturas, inclusive igrejas medievais, antigos moinhos e castelos. Vários patrocinadores, como a Prince’s Foundation, entidade educativa do príncipe Charles, ajudam a financiar o projeto. As comunidades locais também doam comida e alojamento aos voluntários, e o governo (em geral, dono das estruturas) fornece material de construção.
“Funciona de forma semelhante a uma intervenção médica de emergência”, diz Vaida. “Há uma ambulância que vai ao local, avalia as lesões e estabiliza o paciente, que então pode ser submetido ao tratamento. O resultado é resgatar a herança do esquecimento, mas também a renovação do interesse pela história da Romênia. Vaida estima que ainda existam 600 monumentos no país que precisam de ajuda. Ele adoraria ver sua iniciativa reproduzida também em outros países.
A pandemia praticamente eliminou a ideia de equilíbrio entre vida e emprego. Que melhor época, então, para reavaliar a jornada de trabalho? A Islândia partiu na frente. Durante quatro anos, desde 2015, 2.500 trabalhadores (cerca de 1% da força de trabalho do país) reduziram em quatro ou cinco horas a jornada de trabalho semanal de 40 horas, recebendo o mesmo salário.
Os pesquisadores constataram, sem surpresa, que os trabalhadores, escolhidos em hospitais, pré-escolas e escritórios, ficaram mais felizes e menos estressados. O importante é que continuaram igualmente produtivos. Hoje, quase 90% dos trabalhadores da Islândia têm jornadas menores. Iniciativas semelhantes estão sendo pensadas na Nova Zelândia e na Espanha, e políticos do Japão e da Califórnia propuseram fazer experiências.
Faz tempo que o plantio de árvores é considerado um modo eficaz de combater a crise climática, pois elas absorvem o dióxido de carbono destrutivo do ar. E é relativamente barato. No entanto, Madri está levando o plantio de árvores em grande escala a outro nível: as autoridades planejam cercar a cidade com uma floresta de 75 quilômetros de extensão e quase meio milhão de árvores, 100 mil delas de espécies nativas, que, na maturidade, absorverão mais de 170 mil toneladas de CO2. Embora não seja um parque projetado para uso humano, esse “muro verde”, que levará 12 anos para crescer, tornará a cidade mais fresca e um modelo ecológico para outros centros urbanos.
No mundo difícil de hoje, onde os animais vão relaxar? Perto do High Park, em Toronto, no Canadá, as pessoas que levam seus cães para passear podem parar no bar para caninos que Kaya Kristina criou no gramado diante de casa. Ela começou aos poucos; alguns anos atrás, passou a deixar vasilhas com água para os cães sedentos e cansados a caminho de casa depois de brincar no parque. Quando a pandemia chegou, isolada dos amigos e da família, Kristina expandiu as ofertas ao ar livre com biscoitos para cães, pedaços de fígado bovino, frango seco e até uma “varinhoteca” – varinhas para atirar e os cães pegarem. Hoje chamado de StarPups (com conta própria no Instagram, The Pups of High Park), o popular centro comunitário no gramado de Kristina se tornou um lugar acolhedor para os cães e seus humanos se reunirem.
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Jaylo Miles morou em lares temporários abusivos, ficou anos sem teto, foi viciado em drogas, e tudo isso o deixou com transtorno de estresse pós-traumático. Mas, nos últimos anos, esse morador de Cardiff, no País de Gales, se ajudou ajudando os outros, com iniciativas como competições de canto e passeios de bicicleta de longa distância para aumentar a conscientização sobre as doenças mentais.
Ele não fez isso sozinho. Miles, de 39 anos, tem uma parceira que o apoia, três filhos e dois machos de coruja-das-torres, chamados Oscar e Louie, que Miles resgatou. Eles se tornaram seus improváveis animais de apoio.
Embora sejam irmãos, Miles diz que os dois machos são muito diferentes: Oscar, de 4 anos, é ferozmente protetor, enquanto Louie, de 2, é calmo e amoroso. “Acredito plenamente que não escolhi os meninos”, diz Miles. “Eles é que me escolheram.”
Nos anos em que está com eles, os dois pássaros se tornaram celebridades locais e acompanham Miles nas visitas a escolas e casas de repouso, onde ele dá palestras, e até na subida do Pen y Fan, no País de Gales, o pico culminante do sul da Grã-Bretanha. “Às vezes, o simples fato de ver as corujas leva consolo às pessoas”, diz Miles.
Gostou dessas boas notícias? Elas fazem parte da edição de dezembro da revista Seleções. Você pode conferir esse e outros artigos da edição desse mês e muito mais na nossa Biblioteca Digital!