Pirâmide é descoberta durante construção de estrada no México

A pirâmide integra o antigo assentamento de San Miguel, que remonta ao período anterior à chegada dos europeus à área

Luana Viard | 10 de Dezembro de 2024 às 17:15

A descoberta aconteceu na região de Pachuca-Juejutla, no México, e os vestígios arqueológicos estão sendo protegidos e preservados. - Reprodução / Instituto Nacional de Antropologia e História do México

O Instituto Nacional de Antropologia e História do México encontrou uma pirâmide durante os trabalhos de ampliação de uma rodovia no estado de Hidalgo. Atualmente, as ruínas estão sendo analisadas por especialistas, enquanto o governo conduz um plano de preservação arqueológica.

De acordo com especialistas, a estrutura integra um assentamento chamado San Miguel, que foi erguido entre o período pré-hispânico (650-950 d.C.) e o pós-clássico tardio (1350-1519 d.C). O local inclui cinco áreas distintas e pelo menos 10 sepulturas arqueológicas.

Maeriais coletados e importância da descoberta

Além disso, foram coletadas 155 amostras de cerâmicas, carvão, solo e pisos de madeira, que serão examinadas e estudadas pelos pesquisadores nos próximos meses.

Segundo os especialistas, a descoberta ajudará a ampliar o entendimento sobre a ocupação humana na região da Serra Alta de Hidalgo. Os estudos indicam que as primeiras habitações podem ter sido estabelecidas há cerca de 14 mil anos.

Os primeiros resultados das pesquisas estão sendo compartilhados em instituições acadêmicas, como o Colégio do Estado de Hidalgo, Campus San Agustín Metzquititlán, e a Universidade Tecnológica da Serra Hidalguense de Zacualtipán de Ángeles. O intuito é promover a conscientização sobre a preservação do patrimônio arqueológico.

Técnica que ajuda nas descobertas da região

A história pré-hispânica da região ainda é em grande parte desconhecida, mas nos últimos anos, várias descobertas têm contribuído para um melhor entendimento sobre os primeiros habitantes da América Central e do Sul.

Muitas dessas revelações são resultado do uso do LiDAR, uma tecnologia que emite feixes de luz direcionados para áreas específicas. Com isso, é possível gerar uma imagem detalhada da superfície do solo, incluindo estruturas enterradas.

No ano passado, as autoridades mexicanas utilizaram o LiDAR para identificar os vestígios de uma estrada de 18 quilômetros que unia cidades maias há mais de 1.200 anos. Mais ao sul, na Guatemala atual, a mesma tecnologia revelou sinais de uma civilização inédita até então, formada por 964 assentamentos interligados por 177 quilômetros de antigas vias de comunicação.

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