Pintura feita por inteligência artificial é vendida por R$ 2 milhões e causa polêmica

Pinturas feitas através de AI são arte ou não? Venha entender a polêmica!

Esther Ramos | 5 de Junho de 2024 às 12:30

Entenda tudo sobre a arte mais cara - Portrait of Edmond Bellamy, na casa de leilão Christie’s, em Nova Iorque

Em 2018, uma obra de arte fez história, não pela precisão de seus traços ou pela excelência na representação das emoções humanas, mas por ter sido totalmente criada por uma inteligência artificial. Vendida por US$ 432,5 mil (cerca de R$ 2,2 milhões na conversão atual) em um leilão da Christie's, em Nova Iorque, a peça ganhou reconhecimento mundial.

E junto com seu reconhecimento veio a polêmica: como assim uma arte de IA pode ser vendida por um valor tão exorbitante? Um quadro pintado por IA pode ser considerado arte? Vamos entender mais sobre o caso.

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Como a pintura foi feita?

A pintura foi criada por três estudantes franceses que desenvolveram uma técnica avançada para a época, onde dois algoritmos de IA competiam entre si para criar imagens cada vez mais realistas. Os estudantes alimentaram a inteligência artificial com mais de 15 mil retratos pintados entre os séculos XIV e XX, com o objetivo de fazer com que os algoritmos gerassem novas imagens no estilo clássico da pintura.

Como a peça foi vendida?

Entre várias imagens, o "Portrait of Edmond Belamy" destacou-se e foi leiloado em Nova Iorque por um valor milionário. O quadro retrata a figura embaçada de um homem com vestimentas escuras, sobre um fundo preto e bege. Em vez da assinatura de um pintor, na parte inferior, está a fórmula matemática que gerou a imagem.

Estimava-se que a venda alcançaria entre US$ 7 mil e US$ 10 mil, mas a peça foi arrematada por um valor quase 45 vezes maior, surpreendendo a todos. Foi a primeira vez que uma obra de arte criada por IA foi vendida em um leilão.

Arte de IA é arte?

Pierre Fautrel, co-founder of Oblivious and the “Portrait of Edmond Belamy” (Image: Google)

A pintura criada por inteligência artificial pode oferecer insights sobre o impacto da tecnologia nos empregos e no mercado de trabalho. Especialistas afirmam que, embora a IA possa criar e reproduzir arte, ela não substitui a profundidade emocional e a intenção humana. Para aqueles que temem ser substituídos, isso é uma lição valiosa.

Miguel Lannes Fernandes, coordenador do MBA em Inteligência Artificial para Negócios da Faculdade EXAME, sugere que, em vez de temer a substituição, os profissionais devem explorar como usar a IA para aprimorar suas habilidades e se destacar no mercado.

“A IA amplia a capacidade cognitiva de seus usuários de forma incomparável em relação a quem não a utiliza", afirma. Ele destaca que, para aqueles que se tornarem pioneiros no uso da IA em suas áreas, essa é uma grande oportunidade de impulsionar suas carreiras.

Fonte: Exame.


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