O pika chamou a atenção dos brasileiros por conta do nome inusitado.
Natural das montanhas chinesas, o pika de ili, ochotona ilensis, é um pequeno mamífero de aproximadamente 20 cm, sem rabo e com hábitos solitários. Além do nome inusitato para os brasileiros, a espécie acabou chamando a atenção por um motivo triste: o risco de extinção.
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O animal foi descoberto pelo cientista Weidong Li, em 1983, enviado com outros pesquisadores, pelo governo chinês, para regiões montanhosas no noroeste do país a fim de estudar doenças infecciosas e recursos naturais.
Na presença dos homens, o mamífero desconhecido saiu da fenda de uma rocha, e por não reconhecerem o animal, o capturaram e enviaram para análise na Academia Chinesa de Ciências, acreditando ter descoberto uma nova espécie, e de fato estavam certos.
"Eles o encontraram escondido atrás de uma rocha e perceberam que haviam encontrado o pika", afirmou Tasuya Shin, naturalista chinês que trabalhou com os pesquisadores responsáveis pela descoberta do bicho.
O pika é inofensivo, e se alimenta da vegetação. Vivendo em uma altitude entre 2.800 e 4.100 metros, o mamífero aparenta ser bastante solitário, tendo em vista que nunca é visto em pares ou em bandos.
Após a primeira aparição, rever o roedor foi mais difícil. Apenas 30 anos depois, em 2014, durante uma expedição à cordilheira de Tian Shan, que Weidong Li conseguiu tirar uma foto do animal.
Por que o pika ili está em extinção?
O animal é extremamente sensível às mudanças no ambiente, e por conta da industrialização chinesa, da presença cada vez mais constante de pessoas em seu habitat e das mudanças climásticas drásticas, a população de pika vem se tornando cada vez menor.
A ideia em 1990, era de que existissem aproximadamente dois mil indivíduos da espécie em todo o planeta, porém, acredita-se que o número só tenha reduzido com o passar dos anos, informou a União Internacional para a Conservação da Natureza.
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