Depois do sucesso da série do Netflix Cobra Kai, baseada no primeiro filme da trilogia Karatê Kid, aumentou o interesse pela arte marcial.
Julia Monsores | 21 de Janeiro de 2021 às 15:00
Depois do sucesso da série do Netflix Cobra Kai, baseada no primeiro filme da trilogia Karatê Kid, muitas pessoas começaram a se interessar pela arte marcial japonesa.
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E com isso, muitas curiosidades sobre o tema surgiram. Como por exemplo, a origem do Karatê, que remonta ao século XVIII, em uma região chamada Okinawa.
Okinawa é um arquipélago que possui seu próprio dialeto e conta com uma rica cultura influenciada pelos povos malaios, chineses e nipônicos. Além das belas paisagens, e monumentos que fazem parte do Patrimônio da Humanidade pela Unesco, como o Castelo Shuri, um traço marcante de sua cultura é o Karatê.
Berço desse estilo de arte marcial, surgiu na época em que a luta armada era proibida pelos Samurais na região. A origem da palavra comprova a história: Kara significa vazio, e Tê, mão.
De acordo com os relatos, a especialidade foi criada pelos Monges Budistas, em especial o Monge Bodhy Dharma, que enxergaram a necessidade de desenvolver uma forma de defesa para combater os ataques de assaltantes e criminosos que se aproveitavam da ausência de armas da região.
Sem armas, e ensinada de forma secreta aos aprendizes, o movimentos de defesa e ataque variavam em estilos de acordo com os ensinamentos dos Mestres da Ilha. Cada um mesclando seus próprios saberes e técnicas à arte.
Apesar de ser bastante antiga, a arte ganhou popularidade no restante do Japão a partir da década de 20. Nesta época, alguns mestres foram convidados pelo Imperador a lecionar o Karatê nas universidades.
O principal responsável por essa popularização foi o mestre Gichin Funakoshi. Em 1916, ele fez a primeira demonstração pública de Karatê, na cidade de Kyoto.
Essa foi a porta de entrada para a popularização da arte marcial, que ganhou notoriedade em todo o mundo a partir da década de 50, quando houve um aumento da imigração japonesa para outros países.