8 vezes em que o Brasil se destacou nas Olimpíadas

Conheça as principais conquistas e os momentos históricos protagonizados por atletas brasileiro ao longo das Olimpíadas.

Thaís Garcez | 8 de Julho de 2021 às 12:00

Kagenmi/iStock -

Os Jogos Olímpicos de Tóquio finalmente vão começar. Após um atraso de 1 ano, devido à pandemia da Covid-19, o Japão está pronto para realizar as competições. E para você entrar no clima desse evento, separamos 8 vezes em que o Brasil se destacou nas Olimpíadas. 

Leia também: Como surgiram as Olimpíadas?

A realização dos jogos divide opiniões. Algumas pessoas acham que ainda é muito cedo para acontecer, uma vez que a pandemia ainda não acabou. Mas um novo adiamento foi descartado, e as competições terão início no dia 23 de julho, terminando no dia 8 de agosto.

Por outro lado, o evento poderá servir como um momento de esperança e união para a humanidade, em meio a essa grande crise que estamos vivendo. Afinal, não seria a primeira vez que uma Olimpíada teria grande importância histórica. 

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Marcos históricos das Olimpíadas

As Olimpíadas têm uma grande importância na história da humanidade desde a Antiguidade. Além de reunir os povos em uma única celebração, ela cessa conflitos e nos garante cenas inesquecíveis. Mas não é só isso. Os Jogos Olímpicos também refletem momentos históricos políticos e sociais.

Tommie Smith e John Carlos protagonizaram uma das cenas mais marcantes da história das Olimpíadas. (Imagem: Angelo Cozzi/Wikimedia)

Em 1936, por exemplo, os Jogos Olímpicos foram realizados na Alemanha, em pleno regime nazista de Adolf Hitler. Na ocasião, um jovem norte-americano e negro, Jesse Owens, conquistou quatro medalhas de ouro no atletismo, sendo o primeiro atleta a atingir esse feito. Hitler costumava cumprimentar todos os vencedores, mas, nessa ocasião, se negou a felicitar Owens.

Já, em 1968, no México, os norte-americanos Tommie Smith e John Carlos ganharam as medalhas de ouro e bronze, respectivamente, nos 200 metros rasos. No pódio, vestiram luvas pretas e ergueram os punhos cerrados em alusão a uma saudação dos Panteras Negras – movimento da época que combatia fortemente o racismo nos Estados Unidos. 

Os Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, marcaram a primeira edição em que as mulheres puderam participar da maratona. Na ocasião, a atleta suíça Gabriela Andersen-Schiess sofreu com forte desidratação e terminou a prova aos trancos e barrancos, tendo um desmaio após cruzar a linha de chegada. Sem dúvida, uma imagem que entrou para a história.

8 momentos inesquecíveis dos atletas brasileiros

1. Vanderlei Cordeiro de Lima

Vanderlei Cordeiro de Lima foi empurrado para fora da pista na Olimpíada de Atenas, mas conseguiu completar o trajeto e ser medalha de bronze. (Imagem: Ricardo Stuckert/PR/Wikimedia)

Um dos momentos mais marcantes, e também o mais frustrante, do Brasil nas Olimpíadas foi em 2004, em Atenas. O maratonista brasileiro Vanderlei Cordeiro de Lima liderava a prova, quando um ex-padre irlandês invadiu a pista e o empurrou para fora. Porém, um outro espectador, o grego Polyvios Kossivas, ajudou o brasileiro a retomar a maratona.

Após o susto, Vanderlei teve sua concentração afetada e acabou ultrapassado. Entretanto, ainda conseguiu cruzar a linha de chegada e trazer a medalha de bronze para o Brasil. Em 29 de agosto de 2004, Vanderlei se tornou o primeiro e único latino americano a receber a medalha Pierre de Coubertain, honraria concedida pelo Comitê Olímpico Internacional a pessoas que demonstrem alto grau de esportividade e espírito olímpico. 

2. Primeira medalha de ouro olímpica do Brasil

O Brasil recebeu sua primeira medalha de ouro na Olimpíada da Antuérpia, em 1920. O responsável foi Guilherme Paraense, que venceu a prova de pistola rápida 25 m; modalidade que hoje não existe mais. Além desse feito, o Brasil também trouxe para casa a medalha de bronze em pistola rápida em equipes, e a de prata na pistola rápida 50 m, com Afrânio da Costa. 

3. As primeiras conquistas no atletismo

Adhemar Ferreira foi um dos atletas mais importantes na modalidade salto triplo. (Imagem: Associated Press/Wikimedia)

O atletismo sempre nos garante boas surpresas. Adhemar Ferreira da Silva foi o primeiro brasileiro a ser bicampeão olímpico. Ele venceu a prova do salto triplo nas Olimpíadas de Helsinque, em 1952, e de Melbourne, em 1956. Já na de Los Angeles, em 1984, o Brasil brilhou no atletismo com Joaquim Cruz, que venceu a corrida dos 800 m, superando dois atletas favoritos da prova. 

4. Medalha de prata no basquete feminino

Em 1996, na Olimpíada de Atlanta, nos Estados Unidos, a seleção brasileira feminina de basquete fez uma campanha incrível, não perdendo nenhum jogo. Mas, na grande final, o time perdeu para as donas da casa, por 111 a 87. A equipe, dirigida por Miguel Ângelo da Luz, tinha como destaques as jogadoras Hortência, considerada a rainha do basquete brasileiro, e Paula, chamada de Magic Paula; em alusão a Magic Johnson, importante jogador americano.

5. A vela brasileira

A equipe de vela é uma das que têm melhor desempenho nas Olimpíadas. (Imagem: Pattycarabelli/Wikimedia)

Apesar de o futebol ser a paixão nacional, a vela é um dos esportes que mais traz medalhas para o Brasil. Com um total de 18 medalhas, sendo 7 de ouro, temos como destaques os irmãos Torben e Lars Grael e Robert Scheidt. Este último é o maior medalhista olímpico do país, tendo um total de 5 medalhas, sendo duas de ouro, uma em Atlanta, em 1996, e a outra em Atenas, em 2004. 

6. A potência no vôlei de praia

Em 1996, o Brasil ganhou sua primeira medalha de ouro no vôlei de praia. A dupla, formada por Sandra Pires e Jaqueline Silva, derrotou as também brasileiras Adriana Samuel e Mônica Rodrigues na final. Portanto, o Brasil trouxe as medalhas de ouro e prata pra casa, abrindo caminho na modalidade. Já os atletas Ricardo e Emanuel, conquistaram o ouro em Atenas, 2004, e Bruno e Alison foram os grandes vencedores na Olimpíada do Rio, em 2016. 

7. A volta por cima de Maurren Maggi

Mesmo depois de tantas adversidades, Maurren marcou história em 2008. (Imagem: Jefferson Bernardes/Vipcomm/Reprodução)

A brasileira Maurren Maggi emocionou a todos no atletismo. Em 2000, ela chegou à Olimpíada de Sydney como favorita à medalha de ouro no salto em distância. Porém, devido a uma lesão na coxa, precisou abandonar a competição no meio. Já em 2003, Maggi recebeu uma suspensão por dopping e não participou da Olimpíada de 2004, em Atenas.

Mas, após 2 anos e meio afastada do esporte, Maurren conseguiu participar da Olimpíada de Pequim, aos 32 anos de idade. A brasileira venceu a prova de salto em distância, com a marca de 7,04 m. Vale dizer que a medalha veio graças a 0,01 m, ou seja, um centímetro, a mais do que a marca alcançada pela atleta russa Tatiana Lebedeva, que saltou 7,03 m. 

8. Tradição no vôlei

Não é de hoje que o vôlei nos deixa nervosos, torcendo por uma medalha, pois as seleções brasileiras de vôlei, masculino e feminino, já conquistaram 10 medalhas olímpicas, sendo 5 de ouro. A primeira medalha de ouro foi conquistada pela seleção masculina, em 1992, na Olimpíada de Barcelona. Na época, a equipe contava com Marcelo Negrão, Maurício Lima, Tande, Giovani, entre outros.

Já a seleção feminina subiu ao lugar mais alto do pódio pela primeira vez em 2008, na Olimpíada de Pequim. O Brasil contava com Sheila, Sassá, Fabi, Fofão, entre outras. E, na Olimpíada Rio 2016, a equipe masculina, de Bruninho, Serginho e Wallace, levou a medalha de ouro. 

Sem dúvida, o Brasil tem uma participação expressiva nas competições e, por toda a dedicação, nos garante momentos inesquecíveis nos esportes. Além disso, por tanta garra, visto o pouco investimento, os atletas merecem ainda mais as suas medalhas. Portanto, nos preparemos para as emoções que estão por vir em Tóquio.

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